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Por Imprensa (quarta-feira, 9/10/2019)
Atualizado em 9 de outubro de 2019
A nova gestão do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) marcou presença na audiência pública “Futuro e financiamento das universidades federais: Para onde estamos caminhando?”, que aconteceu nesta quarta-feira (09), no plenário da Assembleia Legislativa.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, ressalta que a diretoria do Sindicato tem essa preocupação com a universidade pública. “Entendemos, como dirigentes sindicais e cidadãos, que o contingenciamento dos recursos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), imposto pelo governo federal, só vai prejudicar o financiamento da Universidade”, disse.
De acordo com o sindicalista, a participação do Sindpol é para fomentar com a categoria e suas famílias a importância da Ufal, que promove oportunidade e conhecimento na vida do povo alagoano.
Em sua explanação, a reitora da Ufal, Maria Valéria Correia, revelou que a Ufal obteve menos de 50% do custeio previsto no orçamento de 2019. Preocupada, disse que assistência estudantil está com recurso comprometido, citando o restaurante universitário. De acordo com ela, somente na parte de alimentação, são R$ 500 mil mensais a menos para investir na economia do Estado. Mencionou o corte do pagamento das bolsas de pesquisas, destacando que isso significará em evasão de alunos. Disse que 80% dos estudantes da Ufal pertencem a família de renda de até 1,5 salário mínimo. “Nós produzimos o presente e o futuro do país. O país que produz Ciência, Tecnologia e Inovação, é um país soberano”.
A reitora ressaltou a importância das pesquisas da Universidade, citando a colaboração com o caso do Pinheiro, e agora com as manchas de petróleo nas praias alagoanas, que, possivelmente, poderão chegar no Rio São Francisco. Valéria Correia adiantou o posicionamento contrário ao programa Future-se, do governo federal, que quebra a autonomia da universidade para entregar a gestão às Organizações Sociais. Salientou que a Industria Farmacêutica não tem interesse em pesquisa, que dê lucro, como o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA. Tais pesquisas poderão ser inviabilizadas. Ela pediu apoio dos parlamentares na luta pelo desbloqueio dos recursos financeiros da universidade, entre outras solicitações.
O 1º Secretário do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues, que também participou da audiência, frisou a importância da audiência para conhecimento da Ufal na vida dos alagoanos. “A universidade promove conhecimento, desenvolvimento, cultura e social”, disse, relatando o perigo que significa o contingenciamento financeiro para a universidade e para todos os alagoanos.
Além do Ricardo Nazário é do Bartolomeu Rodrigues, o vice-diretor de Comunicação Vicente Higino também participou da audiência, realizada pela 4ª Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Turismo e pela 14ª Comissão de Criança e Adolescente, Família e Direitos da Mulher, em parceria com a Ufal.
A deputado estadual Jô Pereira, que convidou o Sindpol, destacou a importância da universidade para formação dos profissionais e atendimento às pessoas carentes.
