Por Imprensa (quarta-feira, 7/12/2011)
Atualizado em 7 de dezembro de 2011
Nesta sexta-feira (15), será realizado o ato público comemorativo do 17 de Julho de 1997. A manifestação ocorrerá em frente ao antigo prédio do Produban, no calçadão do Comércio, em Maceió, a partir das 15 horas.
O vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, destaca a importância dos policiais civis comparecerem ao ato público, na histórica manifestação do 17 de Julho, que foi resultado do movimento dos servidores, o qual teve o Sindpol no papel de unir policias civis, militares e servidores públicos em geral na luta pela reconstrução de Alagoas e pela derrubada do então governador Divaldo Suruagy do poder.
“Relembrar o 17 de julho é compreender a importância da luta dos policiais civis, que tem uma diretoria de luta e combativa à frente do Sindpol – uma entidade reconhecida no movimento sindical alagoano e brasileiro”, destaca Josimar Melo.
Na manifestação, haverá exposição de fotos, exibição de vídeos, apresentações de teatro e de hip hop.
17 de Julho e a luta
Policiais civis, militares, professores, estudantes, servidores públicos, trabalhadores sem-terra, diversas categorias ocuparam a Praça D. Pedro II, em frente à Assembleia Legislativa, para exigir o impeachment do governador Divaldo Suruagy. Enfrentando o Exército, os trabalhadores estavam dispostos a tudo. O cenário era de uma guerra civil, no dia 17 de 17 de Julho de 1997.
Na época, Alagoas estava em total abandono. O funcionalismo com salários atrasados em oito meses. O comércio falido. Os serviços públicos (Saúde, Educação e Segurança Pública) paralisados.
Com o avanço popular, o então governador Divaldo Suruagy foi obrigado a pedir o seu afastamento. Mas, apesar da mobilização dos servidores públicos, o Estado de Alagoas ainda continua no caos com o maior índice de homicídio (70 para 100 mil habitantes) do Brasil, precarização dos serviços públicos e desemprego. “Derrubamos um governo com o 17 de Julho, mas precisamos avançar. A data é um marco da luta pela recuperação dos serviços públicos, na dignidade dos trabalhadores alagoanos, por uma Alagoas mais justa, contrária à concentração de renda, aos desgovernos dos usineiros e à alternância de poder pela oligarquia alagoana”, dispara o vice-presidente do Sindpol.