Por Imprensa (quinta-feira, 19/01/2012)
Atualizado em 19 de janeiro de 2012
O Sindpol entregou o relatório das precárias condições de trabalho das delegacias do interior à Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, que esteve em Maceió para discutir segurança pública com o Governo do Estado.
Ao saber que a secretária se encontrava na capital alagoana, o Sindpol solicitou uma reunião junto ao Cerimonial do Palácio do Governo. O encontro foi acompanhado pelo Coordenador Geral de Inteligência da Senasp, Marcello Barros de Oliveira, e aconteceu no início da tarde do dia 5 de janeiro.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, entregou o relatório sobre as condições precárias de trabalho no interior e destacou que os policiais civis estão desmotivados e impedidos de investigar devido à superlotação de presos nas delegacias, e eles são desviados da função policial para trabalhar como carcereiro.
O diretor Jurídico do Sindpol, Stélio Pimentel, informou também que o Conselho Estadual de Segurança Pública funciona como um Tribunal de Exceção. Em sua composição, não há a presença de entidade organizada da sociedade.
O sindicalista também destacou que o Ministério Público e a Corregedoria de Polícia já são responsáveis pela fiscalização dos policiais, não correspondendo a prerrogativa do Conselho de Segurança impor punição à categoria. A secretária ficou surpresa e disse que não é dever do Conselho julgar policial.
De acordo com Regina Mikki, a Senasp tem o papel de promover políticas públicas para a segurança pública. “Sabemos da dificuldade do trabalho policial em Alagoas. O relatório do Sindpol irá complementar os nossos registros”, disse.
Segundo ela, a situação precária de trabalho em Alagoas não difere dos outros estados da Federação. “Vou fazer o que for possível para melhorar a segurança pública”, revelou.
A secretária Nacional defendeu também a política de valorização com o direito de o policial receber salário digno.