Por Imprensa (quarta-feira, 2/05/2012)
Atualizado em 2 de maio de 2012
Na manifestação pelo Dia do Trabalhador (01/05), realizada na orla marítima de Maceió pela CUT, o presidente do Sindpol, Josimar Melo, repudiou o aumento de 6,5% concedido aos servidores públicos e cobrou o cumprimento do acordo com os policiais civis.
Centenas de servidores públicos, estudantes, professores, trabalhadores sem-terra, populares, policiais, entre outros, participaram da passeata que teve início na Praia da Jatiúca com a realização de ato público em frente à residência do governador Teotônio Vilela.
O Sindpol entregou nota à população informando que os policiais civis encerraram uma greve de 50 dias em 2011, após o governo do Estado se comprometer a implantar o Plano de Cargos, Carreira e Subsídios da categoria e a aprovar um piso salarial que reduzisse o abismo entre delegados e policiais. Passado um ano, o acordo não foi cumprido.
No documento, o sindicato informa que a categoria recebe um dos piores salários do Brasil, e o pior de Alagoas para uma categoria com nível superior. “É também a maior disparidade salarial do Brasil entre agentes e delegados”.
Na passeata, o Sindpol denunciou que além da questão salarial, os policiais civis sofrem com a falta de condições dignas de trabalho. “Os problemas vão desde a superlotação de presos, a carência de efetivo policial, a carência de armamento, de viatura e de coletes à prova de balas. As estruturas das delegacias são precárias e insalubres, apresentando rachaduras e mofos. Em várias delas foram iniciadas reformas com valores superfaturados que nunca foram concluídas. O Sindpol cobrou providência ao governo e ao Ministério Público, mas nada de concreto foi feito”, revelou nota do sindicato.
O sindicalista também o desvio de dinheiro público no Governo de Alagoas, a exemplo dos 300 milhões de reais da Secretaria de Defesa Social, que deveriam ser usados para alimentação no sistema prisional.
O Sindpol também alertou para o alto índice de violência em Alagoas, onde a cada três horas, uma pessoa é assassinada. O Estado é o mais violento do país. Mais de 11 mil pessoas já foram assassinadas nos últimos cinco anos.