Por Imprensa (quinta-feira, 16/07/2020)
Atualizado em 16 de julho de 2020
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) lamenta o descaso do governador Renan Filho com a situação precária e de falta de efetivo de policiais civis no Estado. Enquanto a Polícia Civil de Alagoas tem carência de 2.500 policiais civis, o governador cria duas delegacias especializadas: crimes contra populações vulneráveis e de investigação de casos de corrupção.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, ressalta que não há lógica nenhuma do governador criar novas delegacias se não têm policiais civis para trabalhar. “Os policiais estão sobrecarregados, porque faltam servidores. A categoria está desmotivada, com salários defasados em detrimento a outras categorias da segurança pública, e o governador anuncia promover Policiais Militares, mas para a Polícia Civil é construir prédios”, disse o sindicalista.
O dirigente sindical alerta que, no momento em que falta efetivo, material humano, quase um terço de policiais civis está apto para se aposentar. “Cria-se mais duas delegacias especializadas sem ao menos suprir as carências de muito tempo, contextualizada na Polícia Civil de Alagoas. Delegacias funcionando de forma precária e tantas outras fechadas por falta de efetivo na Capital e interior”.
Ricardo Nazário chama a atenção para a política do governo que não valoriza o ser humano policial, ou seja, os agentes e escrivães. “O governo criou um Serviço Voluntário apenas para delegados”, revela.
“O governo de Alagoas deveria, em caráter de urgência, suprir a carência de efetivo para equacionar o desmonte promovido por seu governo. Os governos anteriores chegaram a passar mais de uma década para realizar concurso público”, disse o sindicalista.
A diretoria do Sindpol entende ser muito importante as delegacias especializadas, mas realização de concurso público e a valorização são mais importante nesse momento.