Por Imprensa (segunda-feira, 14/05/2012)
Atualizado em 14 de maio de 2012
Integrante da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Olavo Calheiros (PMDB) disse que 80% do orçamento da Casa de Tavares Bastos “ninguém sabe para onde vai”. Ele e os deputados Judson Cabral e Ronaldo Medeiros (ambos do PT) vão entrar no Ministério Público com ação para que a Assembleia abra as contas dos gastos do Poder Legislativo Estadual.
“Aqui é um caos e está cada vez pior”, disse Júdson Cabral .
“Nós temos um duodécimo elevadíssimo, R$ 150 milhões por ano, se fizermos uma conta de padaria, pegando o salário de cada parlamentar, a verba de gabinete, R$ 39 mil, mais os custos do gabinete (o meu custa R$ 50 mil), é dinheiro demais. É preciso que essa gente diga para onde vai este dinheiro”, contou Olavo Calheiros.
“80% do dinheiro da Assembléia ninguém sabe para onde vai. O pagamento aos deputados não chega a R$ 2,5 milhões. Falamos de um duodécimo de R$ 13 milhões. É muito dinheiro e é preciso ter responsabilidade; essa Casa é de um homem só, e ninguém faz prestação de contas. Há um exercício de falso moralismo da Mesa, de manter o salário do parlamentar em R$ 9 mil, é enganação, é passar para a sociedade a ideia falsa de que isso aqui é um poder austero”, disse o parlamentar.
Ele deve entrar, até a próxima semana, com ação na Justiça para que a Assembleia seja impedida de realizar eleição antecipada da Mesa Diretora – conforme as articulações do casarão da Praça Dom Pedro II, que envolvem o Palácio República dos Palmares.
Extra Alagoas