Por Imprensa (quarta-feira, 24/10/2012)
Atualizado em 24 de outubro de 2012
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), Gilberto Irineu, encaminhou nesta quarta-feira (24) ao Ministério da Justiça denúncia de suposto abuso de autoridade que teria sido praticado por agentes da Força Nacional contra um policial civil. Irineu também fez ciência do caso ao comandante da Força Nacional, capitão Edson Gondim e ao secretário de Defesa Social, coronel Dário César. “Os devidos encaminhamentos foram feitos com o objetivo de garantir a unidade das ações entre as ações policiais”, afirmou Irineu.
O policial esteve na manhã desta quarta-feira (24) na sede da OAB/AL relatando em Termo de Declarações que no último sábado (20) estava no Jacintinho e teria sido vítima de ação truculenta e abuso de autoridade praticado por quatro agentes da Força Nacional.
Ele disse que foi abordado pelos agentes, mas apesar de ter se identificado como policial civil acabou algemado e detido e, em seguida, encaminhado à sede da Central de Polícia. “Eu estava no churrasquinho no bairro do Jacintinho e os agentes da Força Nacional chegaram ao local e me abordaram, mandando-me colocar as mãos na cabeça, mesmo eu me identificando como policial civil, eles pediram para revistar meu carro. Mas como não cedi às ordens dos agentes fui detido”, disse.
O policial civil contou ainda que dentro da viatura foi fotografado várias vezes por um uma militar da Força Nacional, além de ter sido impedido de se comunicar com seus familiares através de seu aparelho móvel de telefonia. “Ao chegar à Central de Polícia, um outro militar da Força Nacional pegou no meio da algema colocadas em meus punhos e me puxou para frente e me empurraram para trás. Nesse momento, eu gritei perguntando-os se queriam quebrar meus braços, e como resposta recebi: ‘foda-se’ de um dos agentes”, comentou. “Quando entrei no gabinete do delegado Alcides Andrade esperei que os militares da Força Nacional contassem sua versão, me incriminando de ter cometido desobediência. Depois contei que fosse apurado o motivo das marcas de hematomas nos meus punhos, decorrentes da tortura que tinha sofrido, bem como solicitei que a identidade dos agentes fosse revelada e fosse feita também uma queixa de abuso de autoridade”, disse.
Irineu entrou em contato por telefone com o comandante da Força Nacional, capitão Edson Gondim, comunicando-o do fato ocorrido, bem como o enviou ofício com o Temo de Declarações com as denúncias do policial civil. Irineu ainda entrou em contato por telefone com o ouvidor geral do Ministério da Justiça, Ivan Fernandes Neves, para também fazer ciência do fato e o encaminhou, por email, as denúncias.
Outro ofício também foi enviado ao secretário de Defesa Social, coronel Dário César. “Solicitei que fosse estabelecido o procedimento investigatório como o intuito de apurar o fato relatado e que responsabilize os culpados com o intuito de garantir a unidade das ações entre as policias”, disse Irineu.
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