Por Imprensa (sexta-feira, 25/09/2020)
Atualizado em 25 de setembro de 2020
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) abraça a campanha do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL) “Mulheres em segurança: assédio, não”. A promotora de Justiça Karla Padilha, da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial da Capital, em reunião com os dirigentes do Sindpol, na quinta-feira (24), pediu apoio do Sindicato para reverter a baixa participação das mulheres na campanha, principalmente, para responder o questionário sobre os assédios moral e sexual na segurança pública (https://docs.google.com/forms/d/1yLxHIeIt7Sg2xa1_xxkaFaoF5UZJrks1YHMmB97LdvQ/edit).
Ricardo Nazário propôs que a promotora de Justiça realize uma reunião com todas as entidades representativas das categorias da segurança pública, como os sindicatos de policiais penais, policiais civis, perícia oficial e associações dos policiais militares e policiais do Corpo de Bombeiros a fim de que essas entidades colaborem no engajamento das mulheres da segurança pública.
Ricardo Nazário ressalta que o assédio ainda é um tabu na segurança pública, por conta do corporativismo, o medo da exposição, a questão emocional e a desmotivação. A Promotora Karla Padilha destacou também que o assédio pode levar a depressão e até o suicídio.
Em vídeo para a campanha com a promotora de Justiça, o sindicalista reforça a importância do engajamento de todas as mulheres no projeto que combate os assédios moral e sexual dentro da estrutura da segurança pública, em específico, na Polícia Civil. O dirigente solicita também que elas respondam o questionário do projeto.
Karla Padilha agradece o apoio e revela que é fundamental o preenchimento do questionário permitindo a gente ter um diagnóstico para apurar o assédio dentro das instituições, no caso específico, dentro da Polícia Civil.
De acordo com ela, as respostas aos questionários irão justificar uma série de medidas que serão adotadas nas próximas etapas do projeto. Todas as ações serão voltadas para as mulheres, como implantação de ouvidoria, realização de cursos de formação, tipos de punição contra o assédio, entre outras.
“Sabemos que é um tema polêmico, que gera muito ocultismo e sigilo, e as mulheres temem sofrer algum tipo de retaliação. Asseguro que será preservado o sigilo das mulheres. Por favor, preencham, acessem o link para que a gente possa ajudá-la no futuro próximo”, destacou Karla Padilha no vídeo, acrescentado que o Ministério Público está de portas abertas para que essa campanha obtenha êxito.