Por Imprensa (segunda-feira, 11/03/2013)
Atualizado em 11 de março de 2013
O Sindpol promoveu uma comemoração às policiais civis de Alagoas pelo Dia Internacional das Mulheres, na última sexta-feira (08).
O momento foi de confraternização e reflexão sobre as condições das mulheres e homens policiais civis em Alagoas, a exemplo da explosão na Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), que a vitimou a sindicalista e policial civil Amélia Dantas.
Para a reportagem, as policiais denunciaram a precariedade do trabalho em que são expostas, a não existência de alojamento feminino, viaturas quebradas, além da carência de efetivo policial em todas as regiões.
Elas informaram que a Delegacia de Quebrangulo só tem uma sala. No pequeno espaço, funciona o cartório, o gabinete do delegado, dormitório e o banheiro. Já em Palmeira dos Índios, só existe uma banheiro que é dividido por policiais, população e detentos. O alojamento se encontra em péssima condição. Em Inhapi, a delegacia está sem água, e os materiais apreendidos são guardados no alojamento.
Muitas das policiais civis trabalham em área meio, isto é, em setores administrativos. As mulheres denunciaram que, algumas delegacias, os policiais preferem não dividir a diligência e a investigação com elas.
A policial civil Luciene Paulo disse que se sente realizada profissionalmente após estar trabalhando na área fim, com investigação e fazendo diligência pela Asfixia. Antes, ela trabalhava em setores administrativos na polícia.
Homenagem
Na comemoração, o presidente do Sindpol, Josimar Melo, ressaltou a luta da policial civil e sindicalista Amélia Dantas contra a precariedade de trabalho na Polícia Civil. Mayara Dantas e Alexandre Dantas, filhos da sindicalista, além do seu ex-marido, participaram do evento. Mayara agradeceu a todos, ressaltando a importância do dia das Mulheres e a homenagem à sua mãe.
A Conselheira de Ética do Sindpol Lígia Bandeira parabenizou as policiais civis e disse que é importante a comemoração e o contato com as companheiras de trabalho. A policial lamentou o fato de a Amélia Dantas não poder estar presente na comemoração devido ao descaso do Governo do Estado com a segurança pública e condições de trabalho, resultando na explosão da Deic.