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Socorro, chame a policia! Cadê os policiais?

Por Imprensa (sexta-feira, 17/05/2013)
Atualizado em 17 de maio de 2013

A crise mundial chegou à porta dos países da Europa, Itália, Portugal, Espanha e outros, mas essa é uma crise provocada pelo sistema financeiro, pelo mercado especulativo e pelas bolsas de valores. Na Europa, os governos cortam investimento nos serviços públicos e demite servidores públicos.

No Brasil, a crise já chegou. A presidenta Dilma determina um corte de mais de 60 bilhões do orçamento da União  deste ano, reduzindo o investimento nos serviços públicos, saúde, educação e segurança, suspensão de concursos púbicos em todas as áreas. E por final manda parar as Propostas de Emendas Constitucionais que aumenta gasto para a União. Entres as elas, as PECs 300/2008 e 446/2009 (Piso Nacional  dos Policias Civis  e Militares).

Em Alagoas, que é governado por um tucano (aves de nariz grande ou parecido com Pinóquio), os serviços públicos se encontram sucateados, o governo aplica política de desmonte da saúde, educação e segurança. O Estado é campeão em homicídio, analfabetismo, mortalidade infantil, e uma parte da população vive abaixo da linha da pobreza, pois o governo aplica a política de sucateamento e a privatização.

Quase todos os meses saem pesquisa (Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp, Ministério da Saúde, Mapa da Violência do Instituto Sangari, Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos – Cebela) com os números de homicídios, apontando Alagoas e Maceió como os lugares mais violentos do mundo. A população vive e sofre isso na própria na pele. Basta ver as tragédias nos noticiários local e nacional diariamente. Todos os dias, dezenas de família ficam sem seus entes queridos, mortos de formas violenta em via pública ou em sua própria residência. Parentes ao lado dos corpos das vítimas, pedindo e gritando desesperadamente: ‘‘Socorro! Chame a polícia. Cadê os policiais? ’’, esses gritos não são ouvidos pela Central de Policia que fica ali no bairro do Sobral em frente à praia.

Com certeza, dos poucos policiais que existem, uma parte está nos gabinetes militares (Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Procuradoria Geral do Estado, Tribunal de Contas, Palácio do Governo), outra parte faz ‘bico’ para complementar os baixos salários e a outra está tomando conta de preso nas delegacias, sendo desviados de suas funções e impedidos de sairem às ruas para investigar os homicídios.

Josimar Melo – Agente de Policia Civil e Sociólogo

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