Por Imprensa (sexta-feira, 27/08/2021)
Atualizado em 27 de agosto de 2021
Após denúncias do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), a Justiça do Trabalho deu prazo de 30 dias para que a Polícia Civil comprove a melhoria dos problemas estruturais e da lotação de presos na Delegacia de Igreja Nova.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, participou de audiência online da Justiça do Trabalho, na quarta-feira (25), referente à ação civil pública ingressada pelo Ministério Público do Trabalho, em relação às precárias condições de trabalho e de lotação de presos na Delegacia de Igreja Nova.
Desde 2017, que o Sindpol denuncia os problemas enfrentados pelos policiais civis em Igreja Nova. O presidente do Sindpol havia solicitado aos poderes públicos providências quanto à retirada de presos e solução das precárias condições de trabalho na delegacia.
Ricardo Nazário havia relatado a superlotação de presos, o ambiente precário, sem ventilação com iluminação deficiente, entupimento de fossa, paredes com rachaduras, mofos e infiltrações, além dos entulhos de materiais de apreensão, como motos e carros. A Delegacia de Igreja Nova chegou a conter mais de 20 presos em condições subumanas, colocando em risco os policiais e a comunidade local.
“O Sindpol vem constantemente lutando pelas melhorias das condições de trabalho e melhoria no ambiente das delegacias da Polícia Civil. Várias delegacias já foram reformadas devido à intervenção do Sindicato, tanto nas denúncias como por meio das ações judiciais, que são impetradas ou promovidas; e o Estado sempre é obrigado a reformar essas delegacias”, informa o presidente do Sindpol.
Ricardo Nazário entrou em contato com a Delegacia de Igreja Nova e foi informado de que a Polícia Civil já está realizando as reformas, limpando o ambiente e organizando a transferência dos presos.
A advogada do Sindpol, Gabriely Gouveia, que está acompanhando o processo, disse que a próxima audiência com a Justiça do Trabalho está marcada para o dia 7 de dezembro, quando o juiz irá analisar as provas, apresentadas pela Procuradoria do Estado, referente à realização das melhorias, e decidirá sobre as medidas, podendo ou não realizar perícia na Delegacia de Igreja Nova.