Por Imprensa (sexta-feira, 26/08/2022)
Atualizado em 26 de agosto de 2022
Dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) participaram na quarta-feira (24), da inauguração da Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis Yalorixá Tia Marcelina, especializada em grupos de vulneráveis e vítimas de intolerância e preconceito.
Else Freire, vice-diretora de Comunicação do Sindpol e vice-presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB AL, disse que a delegacia especial é uma cobrança antiga de parte da população mais vulnerável. “Ter um espaço específico e especializado é essencial para um atendimento humanizado, apesar de já iniciar sua atuação com restrição de horário (das 8 às 18 horas) e apenas de segunda a sexta-feira, o que sabemos não atende os horários mais críticos de casos de violência”, adverte a sindicalista, acrescentando que “o ideal seria dispor de um efetivo policial grande e com funcionamento 24 horas. Essa delegacia atenderá vários grupos idosos, pessoas em situação de rua, quilombolas, indígenas, LGBTQIA, ou seja, uma parte significativa da população alagoana”.
A diretora de Planejamento do Sindpol, Silvia Almeida, destacou que é de extrema relevância a criação de uma Delegacia que visa atender a demanda dos grupos vulneráveis já que se tratam de pessoas que tinham muita dificuldade de fazer a denúncia. “Com esse atendimento especializado, o combate à violência que atinge esses grupos será fortalecido”, disse.
A delegacia funciona no Complexo de Delegacias Especializadas (CODE), em Mangabeiras, e vai investigar crimes cometidos contra os grupos vulneráveis, dentre eles, idosos, adeptos de religiões de matriz africana, pessoas com deficiências, quilombolas, população em situação de rua, negros, ciganos, índios, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e congêneres, em virtude desta condição. A atuação terá caráter preventivo e repressivo.
Além de Else Freire e Silvia Almeida, também participou da inauguração os dirigentes do Sindpol Adjeferson Pessoa Alves e José Edvaldo Vieira.
O nome da delegacia homenageia Tia Marcelina que foi a mãe de santo espancada após ter seu terreiro invadido e destruído, em fevereiro de 1912, o fato histórico ficou conhecido como o Quebra do Xangô.