Por Imprensa (quinta-feira, 21/08/2014)
Atualizado em 21 de agosto de 2014
A Central Única dos Trabalhadores, os movimentos sociais, sindicais e populares estão convocando um Plebiscito Popular pela Constituinte, no período de 1 a 7 de setembro, durante a semana que se comemora a Independência do Brasil.
O Plebiscito pela Constituinte surge como uma alternativa à classe trabalhadora para decidir sobre uma reforma política que atenda os interesses da população no Congresso Nacional.
As mobilizações de junho e julho de 2013, iniciadas pelo movimento do Passe Livre, que desencadearam em todo país, mostraram a insatisfação com um Congresso que não representa o povo. Em pronunciamento nacional, a presidente Dilma chegou a propor uma Constituinte, mas voltou atrás após pressão dos parlamentares.
O Sindpol, juntamente com os movimentos sociais, mobiliza a população para que todos tenham o direito a voz no sentido de reformular o sistema político atual.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, esclarece que o sindicato apoia a realização do plebiscito por entender que o Brasil precisa de uma reforma do sistema político, não por esses par-lamentares. “Pelo plebiscito popular, o povo dirá sim ou não a uma Constituinte Exclusiva e Soberana composta por cidadãos eleitos exclusivamente para mudar o sistema político, e não pelo Congresso Nacional. A reforma política dará voz aos trabalhadores. Não dá para fazer uma reforma política que queremos com esses parlamentares”.
De acordo com ele, o objetivo é o povo escolher seus representantes por segmento. “A maioria do Congresso é formada por empresários que atende aos seus interesses, não os da classe trabalhadora”. Josimar Melo acrescenta que a presidente Dilma pode fazer a convocação da Constituinte ainda este ano.
Para a consulta do plebiscito, o Sindpol vai disponibilizar uma urna na sede do Sindpol, na posse da nova diretoria do sindicato e outra urna itinerante nas delegacias.
A proposta da Constituinte Exclusiva – A Constituinte Exclusiva e Soberana do sistema político servirá para enfrentar os problemas do povo brasileiro, realizando reformas que não foram realizadas, como as reformas agrária, urbana, tributária a e outras mudanças que assegurem a igualdade de direitos econômicos, sociais e civis.
Mulheres, jovens e negros, apesar de serem maioria na população, são minorias no Congresso Nacional e acabam não tendo a devida representatividade no parlamento. Além disso, os parlamentares estão mais próximos aos seus financiadores de campanha e distantes do povo.
Em 2010, as empresas doaram 91% dos recursos totais da campanha eleitoral. E, em 2012, somaram 95%. Esses números são indicadores das causas do agravamento da crise de representação política.
Para enfrentar o poder e a força do dinheiro, precisamos instituir o financiamento público de campanha.