Por Imprensa (sexta-feira, 10/03/2023)
Atualizado em 10 de março de 2023
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) participou do ato e caminhada no Dia Internacional das Mulheres, na quarta-feira (08), cobrando melhoria das condições de trabalho nas delegacias e fim da violência contra as mulheres.
A vice-diretora do Sindpol, Else Freire, disse que a mobilização no ato é marcada pelo simbolismo da data. “Estamos no século XX e continuamos na luta pela paridade de direitos. As mulheres ainda são preteridas de cargos de comando e de chefias. Vamos continuar na luta em razão das que nos antecederam e as que virão”, afirmou a sindicalista, destacando que o Sindpol está na mobilização pelas condições de trabalho, como o alojamento feminino, o banheiro feminino e políticas contra os assédios moral e sexual que ainda são ocorrem.
A 2ª Secretária do Sindpol, Priscilla Braz, revelou que o Dia Internacional das Mulheres representa a luta das mulheres. “Não é fácil ser mulher nessa sociedade cheia de padrões machistas. A mulher sofre com o preconceito tanto na área profissional como pessoal. Mesmo diante desse cenário, precisamos ser fortes para lutar por equidade, justiça social, enfrentando o machismo e a violência, mas que acima de tudo, aprendamos a ter empatia e solidariedade umas com as outras”, defendeu a sindicalista.
Atividades no mês da mulher
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, informa que a diretoria definiu várias atividades no mês de março, mês da mulher, iniciando com a participação do ato de 8 de março. “Vamos realizar a Roda de Palestras com Café da Manhã no dia 17 de março na sede do Sindpol. Iremos encaminhar ofícios à Secretaria de Segurança Pública e à Delegacia Geral cobrando resposta sobre a morte da diretora do Sindpol Amélia Dantas em virtude da explosão da Divisão de Investigação e Capturas (Deic). A tragédia faz dez anos, e até hoje a categoria, como também a sociedade, não sabe quem foram os responsáveis pela morte da mulher, sindicalista mãe e policial civil Amélia Dantas, que perdeu sua vida trabalhando”.
O sindicalista destacou que é preciso mostrar para a sociedade que o Governo do Estado não tem políticas públicas voltadas às mulheres, especificamente, às mulheres policiais civis, que sofrem com a falta de alojamento feminino e banheiro feminino, além disso a SSP não tem política de readaptação da mulher policial gestante e lactante. O Sindpol sempre recebe reclamação dessas situações precárias.
Ricardo Nazário cita também a falta de política interna de valorização da policial com um percentual mínimo de cargos de chefia voltado para preenchimento por mulheres policiais civis. O Sindpol vem batalhando pelos direitos das mulheres, combatendo os assédios moral e sexual dentro da estrutura da Polícia Civil. “O Sindpol tem esse papel de trazer a discussão e alertar a sociedade sobre a realidade interna na Polícia Civil e defender as mulheres policiais civis”, esclarece.