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Pesquisadores encontram resistência de profissionais de segurança na pesquisa de qualidade de vida

Por Imprensa (quarta-feira, 3/12/2014)
Atualizado em 3 de dezembro de 2014

DSC_0239Os técnicos da Pesquisa de Saúde, Segurança no Trabalho e Qualidade de Vida dos Operadores de Segurança Pública de Alagoas estão encontrando resistência dos profissionais de segurança pública para realização da terceira etapa. “Infelizmente há um descredito dos trabalhadores com relação ao Governo. Muitos não acreditam na melhoria e que as necessidades não serão atendidas”, lamentou a professora e enfermeira do Trabalho Socorro Alécio, que faz parte da equipe de levantamento macro ergonômica das condições de saúde em todo o Estado de Alagoas.

A primeira fase da pesquisa se constituiu na aplicação dos questionários, que foram disponibilizados aos agentes de segurança pública. O segundo momento foi direcionado aos grupos focais, em que os agentes puderam verbalizar as condições de saúde, a qualidade de vida e condições de trabalho. A terceira fase se trata da verificação das condições dos espaços e levantamento macro ergonômica das condições de saúde em todo o Estado de Alagoas.

A pesquisa envolve os profissionais da Perícia Oficial, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil. Está na terceira fase. O perito Glauco Rodolfo, que participou do grupo focal, ressaltou a importância da pesquisa para avaliar a saúde dos agentes, o lado emocional, psicólogo e físico dos profissionais.

A realização da pesquisa está sendo possível através do convênio da Secretaria de Estado de Defesa Social, do Ministério da Justiça com a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), que conta com o apoio da Pró-reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac). Estarão envolvidos mais de 11 mil agentes de segurança pública em um investimento de R$570 mil.

Emerson Moura, membro da Comissão Integrada dos Profissionais de Segurança Pública, e as gestoras do convênio Edênia Moreira e Amanda Salomão explicam que a pesquisa vai durar até março de 2015. Haverá ainda a realização de um seminário com os gestores de segurança pública, entidades dos agentes de segurança pública e organizações da sociedade organizada, como a OAB, para debater o resultado da pesquisa no sentido de que o Governo do Estado e os envolvidos possam traçar as políticas que irão corrigir os problemas da segurança pública.

“No seminário, serão apresentadas as propostas e o compromisso de que elas serão implantadas”, explica Emerson. De acordo com ele, é a primeira vez que Alagoas realiza uma pesquisa, buscando a valorização do profissional de segurança pública.

A pesquisa está sendo coordenador pelo professor da Universidade Federal de Alagoas, Ricardo Silva. O corpo técnico também contou com o médico cardiologista e coronel da Bahia Romário Teixeira, especialista em Síndrome Plurimetabólica.

O Sindpol também apoio a realização da pesquisa e incentiva a participação dos policiais. “Teremos o diagnóstico científico da atual situação da segurança pública, bem como as condições de trabalho e saúde dos profissionais”, destacou Josimar Melo, presidente do Sindpol.

Sindpol/AL – Josiane Calado

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