Por Imprensa (sexta-feira, 19/02/2016)
Atualizado em 19 de fevereiro de 2016
Os trabalhadores do serviço público estadual e municipal participaram do lançamento da campanha salarial unificada, organizado pela Central Única dos Trabalhadores, que realizou uma grande passeata, reunindo mais de 3 mil trabalhadores.
A manifestação mostrou a unidade e força das categorias do serviço público que ainda contou com participação de trabalhadores da rede privada, dos sem-terra e dos sem-teto. A concentração ocorreu, na Praça Sinimbu, na manhã da quinta-feira (18).
Os trabalhadores Segurança Pública, da Educação, da Saúde, entre outros, saíram em passeata, realizando atos públicos na Prefeitura Municipal de Maceió, no Tribunal de Justiça de Alagoas, na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), finalizando atividade no Palácio do Governo de Alagoas.
Os servidores públicos de Maceió já recusaram o percentual de reajuste de 2,21%, anunciado pelo prefeito Rui Palmeira, e deflagraram greve por tempo indeterminado. Os servidores públicos estaduais reivindicam reajuste salarial de 14% (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –IPCA mais ganho real) e atendimento das pautas específicas das categorias.
O Sindpol e policiais civis participaram do lançamento da campanha pelo cumprimento da pauta da categoria com 23 itens de reivindicações, em destaque, o piso salarial no valor de 60% da remuneração do delegado de Polícia, o pagamento retroativo das progressões, a implantação imediata de todas as progressões que estão no ATAGAB-SEGESP, o pagamento de risco de vida e de insalubridade, entre outros itens da pauta. Na manifestação, o presidente do Sindpol, Josimar Melo, destacou que o Estado de Alagoas está com superávit financeiro, possuindo todas as condições para atender as reivindicações dos servidores. “Alagoas é o estado que aumentou impostos, é o que mais cobra caro, no Nordeste, pela tarifa da energia elétrica, do transporte rodoviário, sendo um modelo de ajuste fiscal para os outros estados da Federação”, alertou, ressaltando as políticas de ataques aos direitos dos trabalhadores, como o novo regime previdenciário que retira a garantia do pagamento das aposentadorias aos novos servidores, as demissões dos vigilantes, dos trabalhadores da Companhia Alagoana de Recursos Humanos de Patrimônio (Carhp), do Lifal, além da implantação das Organizações Sociais que impedirão a realização de concurso público para a Saúde e Educação, entre outras áreas do serviço público. “Esse é o primeiro ato dos muitos que virão. A união dos servidores é mais forte”.
O dirigente da CUT/AL, Isac Jacson, revelou que o Governo do Estado não ouviu os trabalhadores. “O governador demitiu vigilantes, servidores do Emater, da Cohab, do Lifal, quando a Procuradoria Regional do Trabalho disse que o governo está errado. Esse mesmo governo retirou R$ 200 milhões do AL Previdência, quebrando o novo regime previdenciário, que ele mesmo implantou. Concedeu 30 cargos comissionados para cada deputado, tornando o Legislativo um ‘puxadinho’ do Executivo”, denunciou.
A CUT realizará nova reunião com as entidades sindicais e movimentos sociais para realização de novas atividades unificadas dos servidores públicos.