Por Imprensa (sábado, 7/05/2016)
Atualizado em 7 de maio de 2016
O Governo do Estado tentou criminalizar o movimento legítimo dos policiais civis por melhoria salarial e condições de trabalho. Por meio da Procuradoria do Estado de Alagoas, foi encaminhado o pedido ao desembargador Alcides Gusmão, relator do processo 0801545-85.2016, que trata do direito de greve dos policiais civis, objetivando intimidar a categoria, requerendo a prisão do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Josimar Melo, bem como o desconto de 500 reais por dia de cada policial em greve, o que demonstra o desconhecimento por completo da realidade salarial da categoria.
A Procuradoria também solicitou a retenção do repasse dos valores ao Sindpol como maneira de garantir uma multa diária de 200 mil reais tentando, assim, quebrar financeiramente o sindicato e enfraquecer o movimento.
Para o Sindpol, a ação da PGE demonstra que o Estado de Alagoas, “ao invés do que propaga e publiciza, não tem intenção de compor e achar uma solução justa para os policiais civis. Muito pelo contrário, coage, afronta ao Sindpol e a cada policial civil do Estado de Alagoas. Isso é inaceitável, governador Renan Filho. A prisão do dirigente e a coação financeira de cada policial civil não se coadunam com os direitos fundamentais e republicanos do vigente estado democrático de direito”, revela a diretoria do Sindpol.
O pedido de ilegalidade da greve dos policiais civis foi feito pelo delegado geral, Paulo Cerqueira, à PGE.
O Sindpol continuará na luta por melhores condições de trabalho e melhorias nos salários para garantir a verdadeira segurança de cada alagoano e cada alagoana.