Por Imprensa (sexta-feira, 26/03/2010)
Atualizado em 26 de março de 2010
A Unidade de Emergência Daniel Houly, em Arapiraca, por meio do setor de epidemiologia, vem notificando há um ano e meio todos os casos de pacientes que dão entrada na unidade hospitalar vitimas de algum tipo de violência. O monitoramento desse tipo de ocorrência revela que as principais formas de violência são as agressões físicas, violência sexual e lesões auto-provocadas (suicídio).
De acordo com Ana Lúcia Lima, coordenadora do serviço de epidemiologia da UE do Agreste, no ano passado foram notificados quase mil casos (987) de violência, incluindo crianças e adolescentes até 18 anos, mulheres de todas as faixas etárias e violência auto-provocada em ambos os sexos.
O relatório epidemiológico revela que o percentual de casos de violência aponta as mulheres como vítimas mais suscetíveis com 61% das notificações, enquanto os homens atingem um percentual de 39%.
Já o meio de agressão mais frequente foi envenenamento com 44% dos casos, seguido de lesão corporal que atingiu 25%. O relatório indica ainda que o tratamento da maioria dos pacientes aponta para a cura, com 96% de alta médica.
Ana Lúcia Lima explicou que o controle desse tipo de notificação é uma das diretrizes da política nacional de redução da morbimortalidade (morte causada por algum fator externo como acidentes e violência) teve sua consolidação quando o Ministério da Saúde implantou, em 2001, a ficha de notificação /investigação de violência doméstica, sexual e outras violências.
“Com esses dados, fica evidente a necessidade dos gestores implantarem políticas públicas direcionadas a prevenção e redução da violência, bem como a estruturação das redes de proteção às vitimas”, informou.
Ascom / Sesau