Por Imprensa (quinta-feira, 9/02/2017)
Atualizado em 9 de fevereiro de 2017
Mais de 10 mil operadores da Segurança Pública (policiais civis, policiais federais, guardas municipais, policiais rodoviários federais, agentes penitenciários, guardas de trânsito) de todos os Estados do Brasil realizaram grande manifestação em Brasília contra a PEC 287/2016 da reforma da Previdência. A grande mobilização foi organizada pela União dos Policiais do Brasil. Do Sindpol, participaram o diretor de Comunicação, Bartolomeu Rodrigues e o vice-diretor Social, Adriano Gama.
A manifestação contou com a solidariedade de mais de oitenta deputados, inclusive da bancada do Governo, que foram manifestar apoiar o movimento e se comprometeram com a retirada dos operadores de Segurança na PEC 287.
A manifestação teve início com a concentração em frente ao Congresso Nacional, depois das falações, os profissionais de segurança pública saíram em caminhada carregando cruzes e falando palavras de ordem: Se a PEC passar a polícia vai parar!!!
Os manifestantes conseguiram entrar ao Congresso, mas foram recebidos por policiais do Legislativo com gás lacrimogêneo. As lideranças das categorias da segurança pública interviram e conseguiram encaminhar o movimento para um auditório, onde foram recebidos por alguns deputados.
O deputado João Campos (PRB-TO), que se reuniu com o presidente Temer para negociar a pauta da mobilização, foi ao auditório e disse que os deputados da bancada do Governo estavam livres para discutir as reivindicações do movimento. João Campos se comprometeu a criar uma comissão para construir uma emenda à PEC 287/2016, retirando os profissionais de Segurança da proposta.
Em paralelo ao ato no Congresso, ocorreu uma reunião da Feipol Nordeste para discutir o combate à PEC 287 nos âmbitos estaduais e regionais. Ressaltou-se a importância e urgência de lançar candidaturas representantes da categoria às Câmaras Legislativas.
Uma das deliberações da Feipol – NE foi de fazer assembleias gerais conjuntas nos Estados do Nordeste para debater a PEC 287/2016 e retirar deliberações a respeito.
De acordo com o diretor do Sindpol Bartolomeu Rodrigues, o protesto foi muito positivo. “A UPB se mostrou bastante organizada e agregadora, unindo vários seguimentos da segurança pública sobre um só propósito. A representatividade da Polícia Civil foi muito forte. Isso representa a força da Cobrapol e das entidades, que são filiadas, como o Sindpol-AL e demais sindicatos, na defesa dos policiais civis”, revela.
O dirigente do Sindpol Adriano Gama destaca que o direcionamento da luta prioriza o desmantelamento da PEC 287. “De acordo com alguns deputados da base governista, o presidente Temer prometeu não se envolver no andamento da PEC, e os deputados estavam livres para propor emendas”, informou, acrescentando que em relação ao movimento, percebeu-se a indignação nacional para com a PEC 287 e a certeza de que haverá outros capítulos dessa guerra em Brasília”.
A UPB se reunirá na próxima terça-feira (14) para discutir os próximos passos, não foi descartada uma greve geral, adianta o presidente da Cobrapol, Jânio Gandra.
De acordo com as informações da imprensa, a comissão especial da reforma da Previdência vai discutir a possibilidade de estender as condições especiais de aposentadoria para as funções expostas a riscos.