Por Imprensa (sexta-feira, 24/02/2017)
Atualizado em 24 de fevereiro de 2017
Depois de uma longa reunião de negociação do secretário de Gestão e Planejamento, os policiais civis puderam conhecer a proposta do Governo do Alagoas na assembleia geral, realizada nesta sexta-feira (24). A categoria suspendeu a greve por tempo indeterminado e aprovou o estado de greve.
Os policiais civis irão decidir sobre a proposta do Governo na próxima Assembleia Geral, que será realizada no dia 3 de março (próxima sexta-feira). O local da assembleia ainda será divulgado pelo Sindpol.
O objetivo do Sindpol é que o maior número de policial civil possa decidir se aceita ou não a proposta do governo. Os policiais civis também poderão deflagrar nova greve, caso rejeitem a proposta.
Negociação na Seplag
A diretoria do Sindpol participou de uma reunião de negociação com o secretário de Planejamento e Gestão, Fabrício Marques, que durou mais de cinco horas. A proposta apresentada pelo secretário foi de piso salarial de R$ 3.800,00 em dezembro de 2018, incluindo o reajuste geral dos servidores, além do aumento da cota mensal de pagamento retroativo das progressões de R$ 300 mil para 400 mil no mês de abril com desconto do Imposto de Renda, e a retomada da negociação quanto ao tratamento isonômico do Plano Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS) para a segunda quinzena de março. Também foi agendada uma reunião na Seplag para tratar de questões específicas dos aposentados no dia 21 de março, às 15 horas com a participação da Alagoas Previdência.
Ainda em relação ao pagamento retroativo, o secretário disse que em novembro deste ano, o Sindpol poderá se reunir com ele para tratar da viabilização de um pagamento extra de retroativo para dezembro deste ano.
Na reunião, o presidente do Sindpol, Josimar Melo, questionou ao secretário sobre o porquê de o governo mudar a proposta de piso de R$ 3.700,00 com duas parcelas, que seria para março deste ano e a segunda em março de 2018. Fabrício Marques informou que o Estado não poderia conceder o reajuste a categoria porque ultrapassaria o teto da negociação da dívida do Estado. O secretário também alegou os custos para o Governo com a implantação das progressões do PCCS. O secretário disse que o objetivo do governo é avançar nos outros itens da pauta de negociação e reafirmou o compromisso do Estado em conceder o reajuste geral anual aos servidores públicos este ano.
O vice-diretor do Sindpol, Ricardo Nazário, destacou na reunião que a luta dos policiais civis é pela valorização através de piso salarial de nível superior da segurança pública, , destacando que a proposta apenas recupera as perdas inflacionárias, mas não previa ganho real.
Enquanto a reuniu acontecia, vários policiais civis acompanhavam o andamento das negociações na vigília na Seplag.
A negociação
O Delegado Geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, entrou em contato com Conselheiro Fiscal do Sindpol Sidney Ribeiro, na noite da quinta-feira (23), marcando a reunião com a diretoria do Sindpol e o secretário de Planejamento e Gestão, Fabrício Marques, para manhã da sexta-feira (24). Diante da possibilidade da proposta, o Sindpol cancelou o ato público de acompanhamento da agenda do governador.
Sindpol conversa com governador
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, e o Delegado Sindical Charles Alcântara estiveram na solenidade de entrega de ambulâncias da Secretaria de Estado da Saúde e conversaram com o governador Renan Filho.
O governador alegou a implantação do PCCS para ter recuado da penúltima proposta de piso salarial, mas reafirmou a negociação com o secretário da Seplag.
Assembleia geral
A assembleia geral dos policiais civis teve início na manhã desta sexta-feira (24) e foi suspensa para que o Sindpol fosse se reunir com o secretário de Planejamento e Gestão. Os policiais civis participaram da vigília em frente à Seplag. Após a negociação, a assembleia geral foi retomada na tarde desta sexta-feira (24) com a suspensão da greve e avaliação da proposta do governo para a próxima assembleia geral.