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Audiência pública fortalece unidade dos trabalhadores contra a reforma de Previdência

Por Imprensa (sexta-feira, 24/03/2017)
Atualizado em 24 de março de 2017

A Sessão Pública da Assembleia Legislativa, realizada nesta sexta-feira (24), aprofundou o debate sobre a reforma da Previdência. Mais de mil trabalhadores do campo e da cidade, servidores públicos e policiais civis e federais, representantes sindicais e das centrais compareceram à audiência no Centro de Convenções Ruth Cardoso. Para os dirigentes do Sindpol, a audiência pública foi mais uma atividade de luta da classe trabalhadora pela manutenção da aposentadoria e da Seguridade Social.

A sessão contou com a presença de apenas do deputado estadual Ronaldo Medeiros, o qual convocou o evento, e do deputado federal Paulo Fernandes, o Paulão.

Na sessão, Paulão demonstrou preocupação com a aprovação do PL 4.302/1998 da terceirização irrestrita, do governo FHC, que foi resgatado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e aprovado no Congresso. “O que vai prevalecer é o negociado sobre o legislado. Será a terceirização em todas as áreas. Esse projeto prejudica, principalmente, o funcionamento da Justiça do Trabalho, os servidores públicos, os trabalhadores rurais, as pessoas com deficiência e as mulheres”, alertou.

No debate, o professor Menezes, do Fórum Alagoano da Auditoria Cidadão da Dívida Pública, disse que o acordo para renegociação da dívida nos estados visou a privatização de empresas públicas, citando, como exemplo, a Eletrobras e a Casal. Ele informou que 60% da dívida pública do Estado pertencem aos usineiros. Disse também que vários empréstimos no Produban foram feito por devedores sem nomes. Informou que a divulgação do relatório da CPI do Produban foi proibida.

Participação do Sindpol

Dirigentes do Sindpol e policiais civis participaram da sessão pública. O presidente do Sindpol, Josimar Melo, destacou que a audiência pública representa a unidade dos servidores municipais, estaduais e federais, trabalhadores do setor privado e trabalhadores rurais, que fazem o combate contra a PEC 287/2016. “A reforma da Previdência é para retirar dinheiro dos trabalhadores para o sistema financeiro”, disse, informando que a União das Polícias do Brasil (UPB) publicou nota, reafirmando a unidade dos profissionais de segurança pública com os servidores e trabalhadores na luta contra a reforma da Previdência. “Protocolamos na Assembleia Legislativa uma solicitação de Nota de Apoio dos parlamentares aos trabalhadores contra essa reforma, e não obtivemos ainda resposta”, revelou.

O Conselheiro Fiscal do Sindpol, Carlos Bispo, Carlão, chamou a atenção ao papel dos políticos, que deveriam defender os trabalhadores, mostrando que apenas dois parlamentares, sendo um estadual e outro federal, estavam na sessão em comparação ao expressivo número de representantes sindicais e trabalhadores no evento.

O vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes, disse que a audiência pública tem o papel de fundamentar o discurso teórico das lideranças com especialistas das áreas de Previdência, Dívida Pública e Jurídica. “Vamos chamar a responsabilidade da nossa base para o combate da PEC que desmonta os direitos dos trabalhadores e a garantia da aposentadoria”, defendeu.

O vice-diretor Jurídico, Ricardo Nazário, ressaltou que a sessão mostrava a união dos trabalhadores do campo, urbano, policiais, professores e servidores públicos na luta contra a PEC 287/2016. Revelou que ficou mais evidente a estratégia do governo de desmobilizar os trabalhadores. “Temer disse que os servidores municipais e estaduais estariam fora da PEC 287, quando sabemos que os governos estaduais e municipais seriam obrigados a implantar essa reforma, caso seja aprovada”.

Com relação à participação dos policiais na sessão, Nazário revelou que a categoria enxerga o quanto é danosa à reforma da Previdência. “O Sindpol espera o engajamento​ dos policiais civis. Essa sessão reforça o fortalecimento da unidade dos trabalhadores”.

Para o coordenado de Comunicação do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues, a audiência pública foi muito benéfica no sentido de esclarecer a população sobre as reais intenções por trás da reforma da Previdência, de que é aumentar o lucro do Sistema Financeiro, tirando os direitos do trabalhador.  “A audiência vem suprir de conhecimento os representantes de sindicatos, movimentos sociais, trabalhadores da cidade e do campo, unindo todos em uma só voz e mobilização contra o ataque promovido pelo Governo Federal contra a classe trabalhadora”.

A 3ª Secretária do Sindpol, Arlete Bezerra, foi enfática ao afirmar que conhecimento é poder. “Cada vez que acontecem encontros, que almejam levar conhecimento e trocar experiências, todos saem ganhando”, revela, acrescentando que as últimas notícias revelam que o Governo Temer deixará os policiais de fora da Reforma Previdenciária, mas exigirá dos Estados tal tarefa. “Ora, sabemos muito bem que essa é apenas mais uma manobra enganadora, que visa enfraquecer o movimento contra a absurda reforma. Nós, policiais e sindicalistas, estamos atentos, participando de ações conjuntas em prol do melhor para o trabalhador, destarte, presentes nesta audiência pública junto às demais categorias”, defende.

A presidente da CUT, Rilda Alves, que representou as centrais sindicais e sindicatos presentes, foi a última pessoa a falar da Mesa da Sessão Pública. Ela pediu aos participantes no plenário, que mostrassem os títulos de eleitores, e disse que o documento é o maior poder contras as reformas Trabalhista e Previdenciária. Ela destacou a importância da luta dos trabalhadores contra a política de retirada dos direitos.

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