Por Imprensa (quarta-feira, 5/04/2017)
Atualizado em 10 de julho de 2018
Dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) participaram do ato público com realização de assembleia geral dos policiais federais para manifestar apoio à categoria que aprovou estado de greve contra a PEC 287/2016 da reforma da Previdência, nesta quarta-feira (05), em frente à Superintendência da Polícia Federal.
Em todo o país, os policiais federais aderem o estado de greve atendendo a deliberação do Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef)
Na manifestação, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal), Flávio Moreno, destacou que a reforma atinge os trabalhadores. “É um confisco das aposentadorias. O trabalhador não vai conseguir contribuir por 49 anos para ter a integralidade. Esse governo e Congresso, envolvidos com corrupção, não têm legitimidade moral e ética para retirar direitos da população”, disse.
O vice-diretor Jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, informou que alguns policiais denunciaram que o Estado de Alagoas está se antecipando à reforma da Previdência. “A Procuradoria Setorial da Alagoas Previdência concedeu parecer sem a integralidade. Não vamos deixar que isso continue. Os profissionais da segurança pública têm que se engajar para barrar essa reforma da Previdência, que é catastrófica e danosa a todos”, disse.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, revelou que hoje é um dia ímpar para os policiais federais que estão na luta contra a reforma da Previdência. “Essa PEC não só ataca os trabalhadores rurais e servidores públicos. É um retrocesso de direitos. Vamos parar tudo no dia 28 de abril”.
O sindicalista entregou a Moção de Apoio do Sindpol e a Moção de Apoio da União das Polícias do Brasil de Alagoas ao presidente do Sinpofal.
O diretor do Sinpofal Jorge Venerando ressaltou que a Previdência é superavitária. “O que existe é a apropriação dos recursos pelo governo através da Desvinculação de Receitas da União (DRU) para pagar juros da dívida pública. O que querem fazer é um crime de lesa-pátria. Temos que dar uma resposta à altura, com a greve geral”.
No ato, o presidente do Sinpofal destacou a realização da caravana a Brasília no dia 18 de abril para impedir a votação do primeiro turno da PEC 287/2016 e a deflagração de greve geral no dia 28 de abril com todas as centrais sindicais, trabalhadores do campo e da cidade, servidores públicos.
Os delegados da Polícia Federal também aprovaram estado de greve.