Por Imprensa (sexta-feira, 23/04/2010)
Atualizado em 23 de abril de 2010
Na greve nacional de 24 horas, os policiais civis de Alagoas pararam o funcionamento da Central de Polícia de Maceió. A categoria tanto da capital como do interior aderiu à paralisação nacional pela aprovação do piso nacional, nesta sexta-feira, dia 23.
Em todo o país, policiais civis e militares estão mobilizados para pressionar a Câmara Federal a aprovar o substitutivo global aglutinativo (Propostas de Emendas Constitucionais 300/2007 e 446/2009), que trata do piso salarial nacional das polícias. O substitutivo já foi votado em primeiro turno, mas por falta de acordo com o governo federal, a proposição ainda não entrou no plenário da Câmara Federal.
Já como resultado da pressão dos policiais, o deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), apresentou, na última segunda-feira, dia 19, o Requerimento de Inclusão na Ordem do Dia n. 6697/2010, solicitando a inclusão da PEC na pauta de votações.
Nas delegacias da Capital, os policiais também pararam as atividades. Informações dão conta que a Central de Polícia de Arapiraca também está parada.
No protesto, o Sindpol criticou o horário de expediente da Polícia Civil e a centralização dos trabalhos em um local de difícil acesso à população. O sindicato e a Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis defendem a delegacia 24 horas nos bairros.
No piquete, o presidente do sindicato, Carlos Jorge da Rocha, destacou as péssimas condições de trabalho que são oferecidos aos policiais civis, como a viatura inadequada, colete à prova de bala fora da validade, carência de armamento, e a falta de política efetiva de segurança pública.
“Com o funcionamento da Central de Polícia, três delegacias prestam plantão no local, e a população daquelas localidades têm que se deslocar até a Central para prestar queixa, quando poderia fazer em seu bairro”, disse.
O Sindpol também aponta que o horário de funcionamento das delegacias de 8 as 12 horas e de 14 as 18 horas, somente contribui com a violência, considerando que mais de 60% da criminalidade ocorrem fora do horário de expediente.
Novo protesto
Na próxima quarta-feira, dia 28 de abril, às 8 horas, os policiais civis realizarão novo ato público, em frente à Delegacia Geral.
O objetivo é cobrar os pagamentos de horas-extras, adicionais noturnos e diárias. “Com a escala de expediente e os plantões na Central, o policial chega a trabalhar 52 horas semanais, mas apenas delegados recebem”, revela o diretor Financeiro do Sindpol, Antonio Zacarias.