Por Imprensa (quarta-feira, 4/10/2017)
Atualizado em 4 de outubro de 2017
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, a 2ª vice-presidente, Arlete Bezerra, e o 1º Secretário do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues, participarão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) nesta quarta-feira (04/10).
O presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), André Luiz Gutierrez, foi convidado para fazer parte da sessão pública.
A realização da sessão é autoria do presidente da CDHM, deputado Paulão (PT-AL), que tem o objetivo de debater o aumento no número de mortes de policiais no Brasil. Apenas no Rio de Janeiro, mais de 100 policiais morreram em 2017. Os dados sobre as mortes de policiais no Brasil, trazidos no 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revelam que estes profissionais são mortos três vezes mais fora de serviço do que em serviço e que entre os anos 2009 a 2015 foram 2.572 policiais mortos no país. Nenhum outro país do mundo ostenta tais números.
Como forma de comparação, o número de policiais mortos no Brasil em um ano é o mesmo que as mortes de policiais na Inglaterra em 98 anos. Nos EUA, morreram 41 policiais em serviço no ano de 2015, contra 103 no Brasil, ou seja, mais que o dobro. De acordo com uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Núcleo de Estudos sobre Organizações e Pessoas, da FGV – EAESP, 61,9% dos policiais responderam afirmativamente quando perguntados se conheceram policiais próximos, ou relativamente próximos, que foram executados. Já fora de serviço, 70% dos policiais disseram que já tiveram algum colega próximo vítima de homicídio.
Para o deputado Paulão, o debate pode fomentar uma nova cultura de segurança pública no país. “É urgente a redução das alarmantes estatísticas de violência no Brasil. A baixa remuneração é quase regra na maioria das unidades da federação, policiais são impelidos a fazer “bicos” para sustentar suas famílias, expondo-se a situação de vulnerabilidade à violência. Diante da situação de tantas vidas perdidas, notamos que muitos governos e governantes não demonstram atenção com a morte dos policiais. As famílias de policiais mortos passam por situações vexatórias para que a pensão ou o seguro seja pago, ficando em situação de extrema vulnerabilidade social. O estado brasileiro precisa enfrentar essa situação rompendo o círculo vicioso da leniência e inapetência adotando políticas públicas que combatam os fatores que causam o morticínio dos policiais”, destaca.
Com informações da Câmara dos Deputados