Por Imprensa (segunda-feira, 21/06/2010)
Atualizado em 21 de junho de 2010
Os policiais civis de Alagoas voltaram a participar de ato público nacional, na quarta-feira (16), na Central de Polícia, para acompanhar o segundo turno da votação da Emenda Aglutinativa Global (300/2008 e 446/2009) que trata da criação do Piso Nacional das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros. Por falta de quorum, que garantisse a aprovação da PEC do Piso, a votação foi adiada para esta quarta-feira (23).
Em Brasília, a Cobrapol e as lideranças dos policiais militares se reuniram com o presidente em exercício da Câmara, deputado Marco Maia, que garantiu a inclusão da Emenda Aglutinativa na pauta da sessão extraordinária da próxima semana. De acordo com ele, só havia 309 deputados no plenário no momento da votação – um quorum não seguro para aprovação da matéria. A impossibilidade da PEC ser votada causou uma frustração aos policiais presentes à sessão, que fizeram uma manifestação no local.
Na Câmara Federal, dezenas de policiais civis e militares ainda cobraram do líder governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) a imediata votação da PEC do piso salarial. A Polícia Legislativa chegou a ser acionada, mas o incidente foi normalizado. Apesar do tumulto, Vaccarezza disse que não houve agressão. “Eles estavam gritando lá fora. Eu passei entre eles. Não houve nenhuma agressão física comigo. Eu fui falar com eles porque eu acho que, aqui na Câmara, uma autoridade não pode se acovardar. Eles estavam exaltados e eu fui dizer qual era a posição do governo.”
As articulações para garantir a criação do Piso e do Fundo Constitucional continuarão até que a PEC seja promulgada. “É muito importante que o plenário conte com a presença de no mínimo 370 deputados. Pois, para ser aprovada, a proposta precisa do voto favorável de pelo menos 3/5 dos deputados. Por isso, convidamos a todos os policiais a conversarem com os deputados para que eles compareçam à sessão na terça-feira e votem a favor da criação do Piso Salarial Nacional”, ressaltou o presidente da Cobrabol, Jânio Gandra.
Depois que for aprovada na Câmara, a proposição segue para o Senado, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos.
O presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, e diretores da entidade, que estão participando da mobilização em Brasília, continuam fazendo gestão junto aos parlamentares para garantir a votação da PEC na data marcada.
Acompanhamento da votação
Em Alagoas, apesar das fortes chuvas, o Sindpol promoveu café da amanhã e almoço em frente à Central de Polícia. A diretoria do sindicato também deu publicidade à nota de repúdio contra o Delegado Geral de Polícia que forma antidemocrata determinou a abertura de sindicância contra os diretores do sindicato e membros da base por terem participado da manifestação nacional em defesa do piso dos Policiais Civis e Militares do Brasil.
“Essa prática antidemocrática, resquício da ditadura militar deve ser extinta, pois é uma forma de perseguição e de ameaça aos trabalhadores que tentam defender seus direitos. Exigimos do Senhor Delegado Geral, que revogue o ato (portaria) de perseguição”, revela parte da nota.
O 2º vice-presidente do Sindpol, José Edeilto, ressaltou a participação positiva dos policiais civis no ato público, que está ocorrendo na Central de Polícia pela aprovação do Piso Nacional. A diretoria do Sindpol irá se reunir, na manhã desta sexta-feira (18), para definir as estratégias de mobilização.