Por Imprensa (quinta-feira, 22/07/2010)
Atualizado em 22 de julho de 2010
O Sindpol realizou ato público, em frente à Secretaria de Gestão Pública (Segesp), na última segunda-feira (19), para cobrar o cumprimento da pauta de reivindicações. Veja as fotos
No órgão estadual, a diretoria do sindicato foi informada que a reunião com o secretário de Gestão Pública, Guilherme Lima, não estava agendada. Com a negativa, os policiais civis intensificaram a manifestação. O presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, cobrou apuração da criação de cargos comissionados de reserva pelo Estado, informando que a entidade sindical irá procurar o Ministério Público. O sindicalista destacou que irá solicitar improdutividade administrativa. “Sabemos que isso é uma irregularidade na folha”, disse.
O diretor da Cobrapol José Carlos Fernandes destacou que o sistema de informática da folha de pagamento não funcionava, continuava atrasado, e não havia sido implantado o novo sistema como foi anunciado pelo secretário de Gestão Pública. “Não conseguimos sequer tirar um demonstrativo”.
Os sindicalistas criticaram o estado de abandono de Alagoas pelo governador Téo Vilela, destacando que o Estado assumiu a vergonhosa condição de local mais violento do país resultado do descaso com a segurança pública, bem como o lugar com maior número de pessoas ganhando menos de um salário mínimo, ou seja, de miseráveis.
O diretor Financeiro do Sindpol, Antonio Zacarias, ressaltou que o governo não concedeu o piso reivindicado pela categoria de R$ 3.500,00, mas deu salário de R$ 18 mil aos delegados, como também paga, para eles, horas-extras, adicionais noturnos e diárias.
Da pauta de reivindicações
Depois de muito tempo, o secretário de Gestão Pública, finalmente, recebeu uma comissão do Sindpol. Na reunião, o sindicato descobriu que nada foi avançado da pauta de reivindicações depois do último encontro ocorrido há mais de um mês. No encontro, o presidente do sindicato cobrou que o governo anunciasse o prazo para que seja enviada à aposentadoria especial à Assembleia Legislativa.
A reunião também foi acompanhada por dois policiais civis que estão com pendências na progressão da carreira. Uma policial está há mais de sete anos sem o direito por conta do seu processo que havia `sumido’. O secretário deu encaminhamento das progressões, informando que os policiais irão receber o retroativo, no entanto, os de anos anteriores necessitarão de orçamento da Polícia Civil.
A aposentadoria especial
O secretário reconheceu sua falha a informar ao Sindpol que o processo se encontrava no Gabinete Civil quando estava na própria Secretaria de Gestão Pública. Ele comunicou que já encaminhou o processo ao Gabinete Civil. Os diretores do Sindpol cobraram um prazo para que o projeto de lei seja enviado à Assembleia Legislativa. O secretário se comprometeu em informar a data.
Reajuste salarial
Guilherme Lima disse que o Tribunal Regional Eleitoral informou ao Estado que a concessão de reajuste salarial só poderia ocorrer para todos os servidores públicos. Ele destacou que o governador não tem posicionamento sobre o assunto.
PCCS
De acordo com Lima, até o dia 5 de agosto o projeto estará finalizado. Ele disse que está concluindo a proposta de Plano de Carreira não somente dos policiais civis, mas para os profissionais de segurança pública, como os agentes penitenciários e os peritos.
Sub judices
O sindicato cobrou a efetivação dos policiais sub judices. O secretário solicitou as decisões jurídicas dos policiais civis que obtiveram a efetivação, da mesma forma o ato do ex-governador Luís Abílio. Ele destacou que, pela lógica, se os policiais civis sub judices tiveram a progressão, a efetivação foi reconhecida. Com posse dos documentos, Guilherme Lima irá encaminhar à Procuradoria Geral do Estado a solicitação de que sejam efetivados os sub judices.
Uma nova reunião foi agendada para o dia 9 de agosto.