Por Imprensa (terça-feira, 6/02/2018)
Atualizado em 11 de fevereiro de 2018
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), comprometida com os sindicalizados, conseguiu sem ônus aos policiais civis a ampliação de serviços jurídicos com o escritório do Welton Roberto que agora atenderá as questões criminais pessoais da categoria.
Nos últimos três anos, o escritório jurídico Welton Roberto obteve 100% de absolvições. Foram mais de 30 policiais civis defendidos e absolvidos. O advogado atendeu todos os processos de policiais presos, de prisão em flagrantes, de prisão temporária e de prisão preventiva.
A partir de agora Welton Roberto irá atender o policial civil, não somente nas questões relacionados ao serviço policial, mas em qualquer outra questão criminal que o policial civil estiver ou vier a ser envolvido. “Fico satisfeito com a renovação do contrato. Agradeço a confiança do Sindpol. É um orgulho ter o Sindpol como o nosso carro chefe. É uma satisfação trabalhar para o Sindpol e os policiais civis”, disse o advogado.
Entendimento do Sindpol
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destaca que a diretoria entendeu ser importante renovar.
O Sindicato negociou a ampliação de serviços nas questões pessoais sem que a categoria pague a mais por isso. “A parceria é 100% inquestionável. A atuação do corpo jurídico satisfaz o Sindpol, e não deixa a desejar em comparação a nenhum escritório jurídico do Estado de Alagoas”.
O sindicalista destaca o currículo vasto de experiência acadêmica do advogado Welton Roberto, que representa ganho não somente na defesa dos policiais civis, mas também com sua preocupação sobre a atividade policial, o desempenho das atribuições, sempre orientando e se disponibilizando a fazer seminários e palestras à categoria.
“Welton Roberto tem mais cuidado perante à legislação no desempenho das atividades policiais civis, porque a atribuição policial é fiscalizada por diversos órgãos que punem. Temos a Corregedoria de Polícia, o Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg), o Conselho Superior de Polícia Civil de Alagoas (Consupoc), o Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público, além da própria sociedade que entende e sabe o dia a dia do policial civil. Vários órgãos também estão de olho no desempenho da função civil, e a preocupação do Welton Roberto é para que o policial civil não venha a ser processado ou responder criminalmente, chegando a sentar no banco do réu”, destaca o presidente do Sindpol.
Ricardo Nazário alerta sobre o reflexo danoso e triste ao policial civil e seus familiares. “Em vários procedimentos, muitos poderiam ter evitado certas ações penais, mas no desempenho da função, às vezes, para querer proteger a sociedade, não tomou esse cuidado”.
O presidente do Sindpol revela que a preocupação do advogado é muita das vezes mal interpretada por muitos colegas, quanto à orientação para que o policial civil não venha a ser penalizado na justiça.
O escritório jurídico do Welton Roberto é 100% de absolvições. “A parceria vem de muitos anos e surtindo efeito positivo, para o objetivo do escritório que é defender os policiais civis de Alagoas. “O escritório entendeu ser plausível o pleito da nova gestão. É uma das propostas da nova diretoria de ampliar o atendimento de todos os serviços que o Sindpol oferece à categoria, e o importante é que foi ampliada sem nenhum ônus ao Sindpol. O advogado Welton Roberto aceitou, e a parceria continua por mais um ano do contrato”, esclarece.
O diretor Jurídico do Sindpol, José Carlos Fernandes Neto, o Zé Carlos, destaca que Welton Roberto é um dos melhores especialistas de Direito Penal do Brasil, que tem conhecimento com base jurisdicional e doutrinária. “Ele é autor de livro e é professor universitário. Tem mostrado um aproveitamento extraordinário com quase 100% de absolvição nos casos que ele atua. Para o Sindpol, é um privilégio tê-lo como Assessor Jurídico na Área Criminal”, revela.
Estratégia do advogado
O advogado Welton Roberto revela que trabalha com estratégia, a qual tem que ser seguida a arrisca. “O policial conhece a atividade policial, mas não conhece a atividade jurisdicional. O policial pensa com a cabeça da investigação, e não do ato jurisdicional, que temos que realizar. A estratégia do escritório surte efeito positivo”, informa.
Alerta
Welton Roberto faz alerta aos perigos com a profissão policial. Ele cita o caso do policial civil Anderson. “Mataram o policial civil. A polícia capturou o bandido, que foi condenado pelo latrocínio. Os policiais, que prenderam o acusado pela morte do Anderson, estão respondendo porque o bandido disse que foi torturado para confessar o crime. Ele, que matou um policial, hoje é ‘vítima’ de processo. O policial tem que trabalhar na legalidade. Receber a ordem de missão”, avisa.
O advogado exemplifica a chacina de Solaris que apenas os policiais civis responderam, mas nada de delegado, de secretário de Estado ou do diretor de polícia. “Tinha delegado sabendo da ação e o diretor também. Outro caso foi do José Joaquim. Os policiais foram prender com Ordem de Missão do delegado. Cadê que o delegado respondeu o processo de crime de tortura. Somente os policiais responderam”, alerta, acrescentando que “os agentes de polícia devem ter o cuidado de se cercar de toda as garantias possíveis para que amanhã ou depois, não estejam colocando em risco a sua pessoa física, mas também a sua profissão, porque a maioria desses casos, o que acontece é a demissão”.
Welton Roberto diz que as vezes é incompreendido. “Quando faço os alertas críticos, ou bato na ferida ou a pessoa não acorda. A polícia quando vai para rua, ela vai imbuída de combater o crime. Tem caso de policial que tem 20 a 25 anos de profissão, mas mesmo assim poderá ser demitido. Ele vai fazer o que depois”, questiona.
100% de absolvição
O advogado Welton Roberto tem orgulho de dizer que teve 100% de absolvição porque conseguiu salvar o policial da cadeia e também o emprego dele. “As mortes em confrontos, alguma hora vão sobrar para alguém. A Polícia Civil não é grupo de extermínio, ela é cidadã. É para investigar, prender e combater o crime”.
O advogado destaca que o Ministério Público se diz que é parceiro da Polícia, mas não é. Cita, como exemplo, o Caso do Cinema. “Os policiais passaram o maior vexame e foram tachados de malandro. Houve até improbidade. Disseram que eles estavam entrando no cinema para se divertir. E até pode. Não é uma prorrogativa. O Ministério Púbico não entra de graça. E por que não são processados? Mas os agentes foram”, questiona.
De acordo com ele, o Ministério Público acha que o policial veio do FBI com treinamento todos os dias. “Só que ninguém sabe a realidade e a precariedade da Polícia Civil, não só instrumental, mas da falta de condições de trabalho, de qualificação e de formação”.
Welton Roberto destaca que quando o Ministério Público pega um policial para acusar, ele acusa sem dor e piedade. O Ministério Público parte do princípio de que aquele policial é o ‘Rambo’. É o cara mais preparado do mundo. Que ganha o melhor salário do mundo. Como se estivesse com má fé ou direcionado. Como se fosse um mal agente. Veja as acusações, que foram feitas no caso Coca Cola, e o policial acabou se suicidando. Todo mundo sabe das condições precárias do trabalho. A desumanização que é no dia a dia. Tem uma história da brutalização pessoal, que você tem que combater o crime diariamente. Sai de casa e não sabe se volta vivo. O policial tem família. Você tem todo esse contexto que precisa ser levado em consideração, só que o Ministério Público não leva nada em consideração. É como vocês trabalhassem em Nova York, tivesse um horário padrão, fossem altamente treinados com psicólogo, médico, terapeutas e é julgado como um cara do FBI. Na verdade, sabemos como são as condições da Polícia Civil alagoana. Entra governo e sai governo, e ninguém melhora. Aí entra a história de luta do Sindpol, que é importantíssima”, destaca.