Por Imprensa (quinta-feira, 11/11/2010)
Atualizado em 11 de novembro de 2010
O Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) negou que tenha solicitado à Justiça a decretação da prisão dos três policiais civis investigados na morte de um morador de rua, em Maceió. A reportagem do jornal Tribuna Independente conversou com o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, que a informação.
O nome dos três policiais foi divulgado durante uma entrevista à imprensa, pelo procurador-geral em exercício do Ministério Público, Sérgio Jucá, na última terça-feira. Luiz Carlos Albuquerque, Gerson Barros Pituba e João Alves dos Santos foram citados como os envolvidos na morte do morador de rua `Magníficos’, ocorrida no dia 21 de maio deste ano.
Jucá afirmou que a prisão dos três agentes tinha sido solicitada, mas de acordo com o promotor, nenhuma solicitação foi encaminhada à 17ª Vara da Capital. Segundo Alfredo Gaspar, as investigações do Gecoc apontam os policiais como participantes do crime cometido pelo ex-policial Miguel Rocha Neto. Miguel teria assassinado dois flanelinhas que teriam roubado o aparelho de som do carro de seu irmão.
Os três policiais teriam facilitado o crime ao mostrarem a foto de um deles para o executor. O promotor alegou a reportagem da Tribuna não poder dar detalhes sobre os indícios que levaram o Gecoc a denunciar os policiais, mas disse achar por bem não ingressar com pedido de prisão até concluir a investigação.
“Prefiro não detalhar porque ainda tem medidas cautelares sendo tomadas e a divulgação poderia atrapalhar. Os indícios são os que a lei exige para fazer uma denúncia”, defende.
A reportagem, assinada por Deborah Freire, entrou em contato com o procurador Sérgio Jucá para esclarecer a declaração do pedido de prisão para os acusados, mas ele foi enfático ao afirmar que não se pronuncia mais sobre o assunto, cabendo ao Gecoc fazê-lo”.
Reportagem de Deborah Freire – Tribuna Independente