Por Imprensa (sábado, 24/03/2018)
Atualizado em 24 de março de 2018
Homenagem
Intensificando a luta pela valorização dos policiais civis, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) inicia uma série de matérias que busca evidenciar o trabalho dos policiais civis. Neste primeiro momento, o Sindpol parabeniza a dedicação do chefe de Operações da Delegacia de Mata Grande, policial civil Jaeudson Carlos Ferreira de Souza, que vem realizando importantes apreensões da Polícia Civil na região do sertão de Alagoas.
Jaeudson Carlos esteve à frente na maior apreensão de maconha na história de Alagoas. Com o trabalho investigativo, de mais de um mês, ele e sua equipe conseguiram localizar uma plantação de maconha em Mata Grande com mais de 20 mil pés, totalizando mais de seis toneladas da droga, avaliada em R$ 10,5 milhões. Pelo desenvolvimento sério do seu trabalho, ele recebeu a premiação e o reconhecimento do Correio Notícia da cidade de Delmiro Gouveia, pelo elevado serviço à segurança pública.
A indenização pela grande apreensão de maconha em Alagoas, realizada em setembro de 2017, ainda não foi paga ao policial Jaeudson, que seria um incentivo do Governo do Estado aos policiais civis.
Jaeudson Carlos, conhecido pelos amigos como Jajá, fez 15 anos de trabalhos na Polícia Civil. Nesse período, realizou importantes operações, conseguindo recuperar um caminhão da cidade de Águas Belas, com carga avaliada em mais de R$ 1 milhão. Recentemente, com o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), prendeu um servidor, que fez parte do secretariado da Prefeitura de Mata Grande em 2016.
O policial esclarece que todo o seu trabalho é feito através de investigação. Ele conhece toda região do sertão e tem muitos informantes. Ao ser questionado sobre treinamento, informou que não recebe. “O treinamento é o trabalho que fazemos no dia a dia. Praticamente não existe treinamento. Fiz cursos no Senasp para poder progredir na carreira”, explica.
Jajá revela a falta de valorização por parte da direção da Polícia Civil aos trabalhos desenvolvidos pelos policiais civis. “A direção geral não dá esse valor. Não está engajada na valorização do policial”. A crítica também é feita pelo presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, o qual aponta que o Estado não valoriza o empenho dos policiais civis, mas, no caso do policial Jaeudson, a imprensa local o reconheceu.
Jaeudson enfatizou que o trabalho investigativo da Polícia Civil não é valorizado, mas quando a Polícia Militar entra no último momento para dar suporte, acaba levando o mérito do resultado da operação.
Por conta da deficiência do Estado, ele, que é chefe, também ajuda no cartório da delegacia. “Gosto muito de ser policial. Não troco essa profissão por nada. O policial de verdade é realizado. Sou um policial que gosta do que faço”.
Graças a sua insistência, Jaeudson também conseguiu sensibilizar a Delegacia Geral quanto à reforma da delegacia, que está em obra.
Sobre a carência para melhorar a Policia Civil, destacou a necessidade de melhores condições de trabalho, melhores salários e mais policiais nas delegacias.
Com mudança na organização da Polícia, quatro policiais civis novatos foram lotados em Mata Grande, totalizando oito policiais. De acordo com ele, um efetivo de 20 policiais ainda não seria o suficiente para suprir a demanda de serviços. Jaeudson esclarece que a cidade é a segunda mais extensa de Alagoas, fazendo fronteiras com três estados: Sergipe, Bahia e Pernambuco, o que torna o local mais perigoso à categoria.
O policial ressalta o apoio do delegado Rodrigo Rocha Cavalcante da regional de Delmiro Gouveia. “Ele sempre está à frente das operações no sertão, apoiando o trabalho dos policiais civis”, parabeniza.