Por Imprensa (sexta-feira, 4/05/2018)
Atualizado em 4 de maio de 2018
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) pedirá o afastamento dos delegados, que presidiram o inquérito do Caso Roberta Dias, tendo em vista os transtornos e prejuízos causados aos três policiais civis, que estiveram presos, apontados como autores do desaparecimento da jovem Roberta Costa Dias em 2012.
Para o Sindpol, no Caso de Roberta Dias, não houve uma investigação com isenção por parte da Polícia Civil, mas sim uma apuração por algumas autoridades policiais, conforme os holofotes midiáticos, os quais buscam o prestígio político. Essas autoridades acabaram prejudicando os policiais civis, que continuam respondendo processo.
Uma transcrição do áudio nº 264/2016 – SETC/SR/PF/AL, examinado pela Polícia Federal, amplamente divulgada nas redes mídias sociais, atribui a K.B.P.T. e J.F.L o assassinato da jovem. O documento está mudando o rumo da investigação.
O Sindpol destaca que não se pode voltar ao tempo quando os policiais civis inocentes foram presos, os quais sofreram corte de salário e passaram por transtornos, constrangimentos e decepções, bem como os danos aos seus familiares diante das acusações das autoridades que participaram do inquérito policial.
O Sindpol, que é o representante da categoria dos policiais civis, vai oficializar ao Superintendente da Polícia Federal, ao Delegado Geral e ao Secretário de Segurança Pública solicitando esclarecimentos quanto ao andamento da investigação diante dos fatos veiculados na imprensa para esclarecer o que realmente aconteceu. Até o momento, as autoridades policiais envolvidas não se posicionaram quanto às novas informações. E, caso seja concretizado, o Sindpol pedirá o afastamento dos delegados, que presidiram o inquérito, bem como irá oficializar ao Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público.
O Sindpol também chama a atenção sobre as investigações midiáticas que acabam condenando inocentes.