Por Imprensa (quinta-feira, 14/04/2011)
Atualizado em 14 de abril de 2011
Deputado Judson Cabral discorda da quantidade de comissionados
O deputado Judson Cabral (PT) questionou a presença de 725 cargos comissionados no governo estadual. Para ele, a edição, no último sábado, da reforma administrativa, a partir de uma lei delegada, manteve deficiências na estrutura governista, além de servir para acomodação de aliados tucanos no governo. Segundo o deputado Alagoas não precisa de tantos auxiliares de livre escolha que deveriam ser transformados em servidores efetivos. A assessoria da Secretaria de Gestão Pública informou que o secretário Alexandre Lages está viajando e que hoje se posiciona sobre as críticas do petista.
O deputado Ronaldo Medeiros (PT) se juntou ao colega para cobrar que os comissionados fossem substituídos por policiais para suprir a carência existente na tropa. Para ele, o número não é justificável, especialmente pela situação delicada vivida no governo, que sempre reclama de inchaço nas contas, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, na hora de negociar com os servidores públicos.
Para o deputado, a lei está muito mal elaborada, com a redação deficiente e dificultando a fiscalização dos parlamentares. Ele lembrou do episódio envolvendo o ex-deputado Dudu Albuquerque, que no ano passado, denunciou a existência de uma lista de cargos comissionados que não precisavam trabalhar que eram negociados pelo governo com a base na Assembleia Legislativa. O petista também foi bem crítico ao reajuste de 5,91% proposto pelo governo e que na prática não serve para repor as perdas salariais dos servidores.
A defesa do governo, novamente, voltou a ser feita pelo deputado Joãozinho Pereira (PSDB) que alegou que o governo estadual está pronto para negociar com os servidores. Ele apontou que quando Teotônio Vilela (PSDB) assumiu o cargo a folha era de R$ 150 milhões e que os valores já ultrapassam a casa dos R$ 170 milhões. Outro ponto apontado pelo tucano é que o reajuste agora aumenta a folha em R$ 9 milhões por mês. Para ele, os professores da rede estadual recebem um dos melhores salários do país, sendo que o governo está bem próximo de pagar o piso nacional da categoria.
O JORNAL