Por Imprensa (quarta-feira, 14/11/2018)
Atualizado em 20 de novembro de 2018
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas – Sindpol após enviar ofício ao secretário de Estado da Segurança Pública de Alagoas – SSP, coronel Lima Junior, e ao secretário de Estado da Ressocialização de Inclusão Social – Seris, coronel Marcos Sérgio, não obtendo resposta, visitou novamente a Casa de Custódia de Santana do Ipanema, antiga delegacia de Regional, e constatou que o local continua fechado.
Foi detectado pela diretoria do Sindpol que o prédio da antiga delegacia regional já está caracterizado que pertence a Seris, ou seja, não faz mais parte da administração da Polícia Civil de Alagoas.
Devido ao descaso, as delegacias das cidades circunvizinhas estão superlotadas de presos. Diante disto, a diretoria do Sindpol solicita urgentemente que a Casa de Custódia de Santana do Ipanema entre em funcionamento.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, alerta que o fechamento da Casa de Custódia ocasiona a superlotação de presos nos Centros Integrados de Seguranças Públicas (CISPs), como os CISPs de Ouro Branco e de São José da Tapera. “Além das demais delegacias da região, que estão repletos de presos, que antes ficavam na delegacia regional de Santana”.
Medidas
O Sindpol, preocupado com o perigo das delegacias lotadas de presos, irá oficializar ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas – OAB/AL, Ricardo Moraes, ao vice-presidente do Tribunal de Justiça e Coordenador Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, Desembargador Celyrio Adamastor Accioly, para que sejam tomadas as devidas providências para o funcionamento da Casa de Custódia de Santana do Ipanema que já foi inaugurada.
Ricardo Nazário destaca que, com o funcionamento da Casa de Custódia, os policiais civis ficariam livres para exercer suas atribuições de Polícia Judiciária. “A função do policial civil não é custodiar de presos. Além da responsabilidade de encaminhar os presos para serem ouvidos na justiça, levar para atendimento médico, entre outras responsabilidades. Os policiais deixam de investigar e dar celeridade aos procedimentos policiais, gerando transtornos para a sociedade”.
Do Sindpol, também participaram da inspeção o diretor de Comunicação, Edeilto Gomes, e o diretor Administrativo, Adriano Gama