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Sindpol classifica como 'terrorismo' sindicância contra agentes

Por Imprensa (quarta-feira, 27/04/2011)
Atualizado em 27 de abril de 2011

Polícia Civil instaurou processo administrativo-disciplinar contra policiais que lideraram movimento grevista


 
Por meio da portaria nº 1122/2011, publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (27), a direção geral da Polícia Civil de Alagoas instituiu uma Comissão de Disciplina para apurar as responsabilidades administrativas imputadas a dois agentes de polícia que teriam `incentivado’ a greve da categoria. Os policiais, que começaram a paralisação nesta terça-feira (26), classificaram como `terrorismo’ a instauração da sindicância. Quando à decretação, pela Justiça, da ilegalidade do movimento, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas garantiu que os trabalhadores vão permanecer de braços cruzados.


Na portaria, assinada pelo delegado-geral Marcílio Barenco, pede investigação contra dois policiais, mas não revela os nomes deles, apenas dá publicidade as suas matrículas. Eles serão `investigados’ pelas corregedoras Maria Tereza Ramos de Albuquerque, Liana Franca e Larissa Santiago do Nascimento.


A sindicância já deverá ser instaurada no dia de hoje para apurar as `responsabilidades administrativas imputadas’ aos servidores `por provocar a paralisação, total ou parcial, do serviço policial, ou dela participar e trabalhar incorretamente, de modo intencional, com o fim de prejudicar o andamento do serviço, ou negligenciar no cumprimento dos seus deveres, fato ocorrido na Central de Polícia Civil’.


Sindpol acusa direção de fazer `terrorismo’


O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas garante que não se sente intimidado com a abertura de sindicância. “Já esperávamos por isso. É natural que soframos ameaças, pressão. O que a direção está fazendo é terrorismo contra nós”, disparou Josimar Melo, vice-presidente da entidade.


Segundo ele, o departamento jurídico já está `avaliando’ que medida poderá ser tomada contra a abertura do procedimento administrativo-disciplinar. “O que podemos garantir é, que a partir de agora, o movimento está mais forte do que nunca. Temos 100% de adesão à greve”, assegurou.


Sobre a decretação da ilegalidade da greve, o sindicalista foi incisivo: “Existe um consórcio entre o governo do Estado e o Tribunal de Justiça de Alagoas. O Poder Judiciário já tem uma ação pronta para dizer que os movimentos de classe estão errados, é só trocar os nomes em cada petição, basta mudar a categoria que será penalizada. O que lamento é o fato de a Justiça não entender os trabalhadores. Quem decreta a ilegalidade da paralisação não vive a realidade do policial civil”, acrescentou ele.
Gazetaweb – com Janaina Ribeiro

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