Por Imprensa (quarta-feira, 18/05/2011)
Atualizado em 18 de maio de 2011
Deputado Judson CabralEm discurso na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Judson Cabral (PT), da base da oposição, disse que o Governo tem margem financeira para negociar um aumento nos salários dos servidores públicos. Cabral disse que o Governo gastou R$ 42 milhões, só em material gratuito, ano passado.
“A previsão do orçamento inicial em 2010, da receita corrente, era de 5.503 bilhões. A atual foi para 5,949 bilhões. Ora, se o Governo atualizou para cima é porque as receitas indicavam esse crescimento”, disse Cabral.
“Houve incremento, no geral, também nas receitas de capital, R$ 903 milhões. Quase um bilhão de reais de reaiuste que representa 19,84% de incremento, em relação à dotação inicial. Ou seja, o governo em 2010 teve um ano generoso, do ponto de vista da sua arrecadação”, disse o parlamentar.
De acordo com o deputado, “a situação do Governo não é de crise”. “Quando nós pegamos o balanço, de despesa com pessoal, em 2010, a relação entre receita e despesa, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, foi de 45,24%, sendo que em 2009, chegou a 50,69%. Em 2010, foi o ano que o governo teve uma folga bem maior e não houve incremento para o setor de pessoal”, detalhou Cabral, ao mostrar balanços da Secretaria Estadual da Fazenda.
“A crise foi em 2009. É preciso que o Estado pegue seu balanço e diga a verdade aos servidores, que aponte pelo menos a uma recuperação mínima para dar dignidade a quem são os responsáveis pela máquina pública e na relação com a sociedade”, disse o integrante da oposição.
“Não adianta o Governo querer pintar este quadro desesperador porque se contradiz”, disse.
Na manhã desta terça-feira, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) disse que nesta quarta-feira anuncia, através de coletiva, a posição do Governo sobre o pedido de aumento salarial dos servidores públicos. Eles ameaçam entrar em greve geral.
Os policiais civis estão em greve há três semanas. Os professores fazem operação tartaruga nas escolas. Policiais militares e corpo de bombeiros paralisaram as atividades há duas semanas, por 48 horas.
Odilon Rios/Alagoas24horas