Por Imprensa (quarta-feira, 19/06/2019)
Atualizado em 19 de junho de 2019
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Tutmés Airan, manifestou ser favorável à Carreira Única, entendendo que é a melhor forma de modernizar a Polícia Civil estadual, consequentemente, oferecer eficiência nos esclarecimentos dos crimes e na investigação criminal. A declaração foi dada durante reunião com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Ricardo Nazário, o membro do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) Jonas Cavalcante, o pesquisador de Segurança Pública Roberto Darós e o presidente do Sinpol-CE, Francisco Lucas, na sede do Tribunal.
No encontro intermediado pelo Conseg, o pesquisador Roberto Darós e o presidente do Sinpol-CE, Francisco Lucas, apresentaram a proposta de Carreira Única e a Modernização da Investigação Criminal ao presidente do Tribunal de Justiça que, apoiando a iniciativa do Sindpol, alinhou com o seu assessor Pedro Montenegro a realização de um seminário com a participação de estudiosos do Brasil. O objetivo é realizar um grande debate, buscando ampliar os conhecimentos sobre carreira única e investigação criminal juntamente com o Conseg. “Avaliamos como gratificante ver que o presidente do TJ entendeu que a investigação criminal se sobrepõe a vaidade de cargos, pois esse é o futuro da Polícia Civil para, realmente, esclarecer seus crimes no Estado de Alagoas”, disse Ricardo Nazário.
O sindicalista revela ainda que “acredita na modernização da Polícia Civil em nova estrutura de investigação criminal com a carreira única para que delegados, agentes e escrivães pensem no futuro, pois a eficiência da investigação criminal é o objetivo da Polícia Civil que tem a finalidade de esclarecer os crimes”.
Equívoco
O desembargador disse que o atual modelo da Polícia Civil é equivocado. “Um dos equívocos é a existência de um cargo de delegado, como se fosse um cargo a parte de todo uma estrutura de Polícia Civil”, revelou. De acordo com ele, o cargo deve ser um prêmio para o policial que no cotidiano deu o melhor de si para a investigação criminal. “Ele vai ascendendo até chegar ao cargo de delegado já com o nível de experiência que o credencia a isso”, disse.
Exemplificando a situação, o presidente do Tribunal de Justiça citou que, normalmente, um jovem recém-saído da universidade, tranca-se em casa, passando até 8 horas por dia estudando, mas nunca entrou em uma delegacia de polícia; de repente passa em um concurso para dirigir uma atividade sensível como é a investigação criminal. “Evidentemente que isso tem provocado equívocos e distorções. É preciso investir no policial. O acesso a este cargo deve ser uma questão de mérito em função de toda uma luta do policial, de acúmulo que traz para si em função dessa atividade policial”, opinou.