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Paralisação de 24h dos profissionais das Forças de Segurança tem panfletagem na Fernandes Lima

Por Imprensa (quarta-feira, 26/06/2019)
Atualizado em 26 de junho de 2019

Os profissionais das Forças de Segurança realizaram grande ato público na Praça Centenário, na manhã desta terça-feira (25), na paralisação de 24 horas contra a reforma da Previdência, PEC 06/2019. Para esclarecer os prejuízos com a reforma, as categorias realizaram panfletagem na Avenida Fernandes Lima.

Na mobilização, ao questionar o discurso do governo federal, o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destacou que os operadores da Segurança Pública fazem sacrifícios todos os dias, arriscando a vida para combater as facções criminosas e prestar segurança pública à população. Disse que os policiais da ativa e aposentados serão afetados com o aumento da alíquota previdenciária para 14%, podendo chegar a 22%, além da redução da pensão por morte.

Pela perspectiva de vida de até 58 anos, alertou que o policial civil não terá condições de trabalhar com 65 anos de idade, ressaltando que já é uma vitória quando o policial consegue se aposentar com 30 anos de contribuição previdenciária. “Não vamos aceitar a retirada de direitos”, revelou, informando sobre a mobilização no dia 2 de julho em Brasília.

O presidente do Sindguarda, Carlos Pisca, disse que, com a reforma da Previdência, os guardas municipais terão que contribuir por 40 anos e ter idade mínima de 65 anos, para ter integralidade. Enfatizou a luta pelo reconhecimento da atividade de risco e aposentadoria especial dos guardas.

Na mobilização, José Menezes, coordenador do Núcleo Alagoano de Auditoria Cidadã da Dívida e professor de Economia da Ufal, revelou a preocupação com o empréstimo externo pelo governador de Alagoas, explicando o percentual de 13%, no valor de R$ 660 milhões, da receita do Estado, que é destinado ao pagamento da dívida pública. De acordo com ele, parte dessa dívida se deve aos empréstimos concedidos aos usineiros, que acabaram falindo o Produban. O pesquisador destacou que Alagoas caminha para novo colapso igual ao ano de 1997.

O diretor de Planejamento do Sindpol, Stélio Pimentel Jr, chamou a atenção quanto a retirada de direitos da classe trabalhadora com o aumento da idade mínima para aposentadoria, a redução das pensões por morte e dos benefícios sociais, quando o governo federal deveria cobrar a dívida das grandes empresas. Disse que a população está vendo seus direitos retirados em benefício ao sistema financeiro.

A mobilização contou com a organização do Sindpol, do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Alagoas (Sinprf), Sindicato dos Guardas Municipais (Sindguarda) e do dirigente do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal).

A paralisação nacional de 24 horas dos profissionais da Segurança Pública foi convocada em todo o país pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e deliberada pelas categorias em todo o país.

Suspensão dos serviços
Na paralisação de 24 horas, o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, orientou a categoria suspender a confecção de Boletins de Ocorrências, Termos Circunstanciados de Ocorrência e operações policiais, mantendo apenas o flagrante.

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