Por Imprensa (quinta-feira, 18/07/2019)
Atualizado em 18 de julho de 2019
Política de endividamento pode levar Alagoas ao caos financeiro e social
O 17 de Julho foi relembrado com a realização de grandes atividades de mobilização na quarta-feira (17). As ações dos sindicatos, como o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), tiveram início a partir das 6 horas com a realização de piquetes em frente à Secretaria da Fazenda de Alagoas (Sefaz), paralisando os serviços do órgão.
As categorias da Segurança Pública, Saúde e Educação reivindicaram a realização de reunião com o governador Renan Filho para tratar da data-base dos servidores do mês de maio, que não teve pronunciamento do governo sobre o IPCA.
Os servidores públicos denunciaram que não houve diálogo por parte do governador. O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destaca que o Sindpol foi o primeiro a pleitear o IPCA de 2019 no percentual de 16%, considerando a reposição salarial que o governo deixou de fora nos últimos quatro anos. O sindicalista estranhou o governo apresentar superávit financeiro, mas que continua realizando empréstimos de milhões.
Ricardo Nazário ressaltou a importância do ato público em conjunto com todos os servidores, que demonstrou a força do movimento sindical diante do governo Estado, bem como a questão histórica do 17 de Julho de 1997 que significa para os policiais que, em conjunto com as categorias do serviço público, derrubaram o governo de Suruagy.
“É muito importante relembrar o 17 de Julho, como também alertar a sociedade que o atual governo está fazendo igual o que aconteceu no passado. O pleito do IPCA não foi sinalizado. Houve o fechamento da Sefaz em busca de negociação com o governo. O gerenciamento de crise da Polícia Miliar fez a interlocução. Uma comissão de sindicalistas foi recebida pela gerente de articulação do governo Edilza Lima, mas não foi definida uma data para reunião com o governador”, informa o presidente do Sindpol.
Ricardo Nazário ressalta que o Sindpol irá discutir também a pauta específica dos policiais civis com 12 itens junto ao governo.
Empréstimos
No horário da manhã, a diretoria do Sindpol também participou do ato público com panfletagem no Calçadão do Comércio, que teve o objetivo de denunciar a política de endividamento do Governo do Estado que pode levar ao caos social semelhante ao 17 de Julho de 1997.
No manifesto, as entidades denunciaram o empréstimo de R$ 620 milhões do Banco do Brasil no ano passado, a renúncia fiscal de R$ 760 milhões, além de R$ 4 bilhões da Lei Kandir, que o governo deixou de reivindicar e a operação de empréstimo externo de R$ 700 milhões neste ano. Ressaltou que em 1998, após a crise de 1997, o Estado de Alagoas pegou de empréstimos 2,3 bilhões de reais, é já se pagou 7,3 bilhões, mesmo assim ainda deve mais de 10 bilhões.