Por Imprensa (quarta-feira, 18/01/2017)
Atualizado em 18 de janeiro de 2017
Entre janeiro e dezembro de 2016, morreram 493 profissionais de segurança pública em todo o Brasil.
Os dados fazem parte do Mortômetro, instrumento criado pela Ordem dos Policiais do Brasil (OPB) para o monitoramento do aumento da violência contra policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, ferroviários federais, legislativos, agentes penitenciários, agentes de trânsito, guardas municipais, guardas portuários e bombeiros.
Segundo, o Policial Federal Flávio Moreno, Presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado de Alagoas e Conselheiro Federal da OPB, os números mostram que estamos em guerra, se compararmos os números com a “Guerra contra o Terrorismo”: “O Pentágono informou que 2.091 soldados dos Estados Unidos morreram desde 2001 no Afeganistão e em outras partes do mundo na “guerra contra o terrorismo”, durante 1 (uma) década de guerra, iniciada em outubro de 2001, após os atentados de 11 de Setembro, nos EUA. A guerra foi finalizada em 2011, com a retirada de tropas americanas do Afeganistão.
Os números do Brasil, correspondem a 1,35 policial morto por dia, mais do que o dobro do número de americanos mortos por dia em combate no Afeganistão, durante a “Guerra ao Terror”. Precisamos endurecer as leis penais e garantir ao policial o poder completo de polícia preventiva e investigativa, a exemplo dos países que modernizaram sua segurança pública.
Para o presidente da Ordem dos Policiais do Brasil (OPB), Frederico França, os números são uma triste constatação: a segurança pública clama por socorro. “A violência ultrapassou barreiras e os profissionais que a combatem são suas maiores vítimas”, diz ele.
O maior numero de mortes aconteceu entre os policiais militares (335), policiais civis (68) e guardas municipais (34). Mais, levando em consideração o número do efetivo, as 17 mortes entre os PRFs são, proporcionalmente, as maiores.
Quanto aos estados, o Rio de Janeiro é o campeão com 133 mortes, seguido de São Paulo com 54 e Bahia com 41. Alagoas está na sexta colocação nacional com 19 mortes.
Segundo, Cabo Bebeto, esses números em Alagoas e no Brasil, mostram a necessidade do endurecimento penal e valorização do policial e profissional de segurança pública, já que são a primeira linha de defesa do cidadão contra a barbárie da criminalidade que produz a vitimização em bens e vida de milhões de brasileiros, anualmente.
O Mortômetro permite avaliar ainda quais as regiões tiveram maior número de profissionais mortos. Dentre os dez primeiros colocados, estão três estados do Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas) e quatro do Nordeste (Bahia, Ceará, Alagoas e Pernambuco). Todos os dados estão sendo catalogados e serão transformados num dossiê, o qual deve servir como base para a elaboração de propostas de mudança para segurança pública, contemplando uma reforma estruturante nas polícias e segurança pública do país.
Salientando que, infelizmente, as contagens de 2017 já começaram.
Conselho Federal OPB/AL
Policial Federal Flávio Moreno
Cabo Bebeto