Carregando
Por Imprensa (segunda-feira, 1/10/2018)
Atualizado em 1 de outubro de 2018
Os candidatos a governador Josan Leite Pereira Barros e a senador Flávio Antônio Moreno da Silva, do PSL, participaram do Bate Papo da Frente Estadual pela Segurança Pública (FESP), na última sexta-feira (28), na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), para debater as propostas.
No Bate Papo, foi possível tratar da falta de efetivo e da necessidade de concurso público para a Polícia Civil, para o sistema prisional, o Detran e a Perícia Oficial, além da precariedade nas condições de trabalho, dos salários defasados, da falta de investimento tecnológico, da terceirização e da dependência financeira dos órgãos da segurança pública.
Os representantes do Sindpol, do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal), do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen) e do Sindicato dos Servidores do Detran de Alagoas (Sinsdal) destacaram que uma das funções da Frente é fiscalizar os recursos financeiros na segurança pública.
A presidente do Sinpoal, Camila Valença Lins, questionou aos candidatos se eles sabiam como funcionava a Perícia Oficial. Josan Leite Pereira Barros destacou a importância da Frente para ouvir os profissionais de segurança pública que realmente sabem dos problemas e como funcionam cada órgão. O candidato defendeu um plano integrado de Segurança Pública, ressaltando que se um setor não funciona, todos os outros não funcionarão.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, revelou que Alagoas está terceirizando os serviços da segurança púbica e destacou que o Estado não está preocupado com a população. “Quarenta delegacias foram fechadas em Alagoas e seis de Maceió são fechadas à noite. As pessoas estão sendo mais acometidas por assaltos, roubos na rua e nas residências, sofrendo com o aumento da violência”, disse, informando que o Sindpol defende a abertura das delegacias com funcionamento 24 horas.
O sindicalista também questionou o uso dos recursos financeiros do Estado, revelando que o governo gastou R$ 85 milhões com a Comunicação. Informou também que cada Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) custou R$ 1,8 milhão, mas apresentou diversos problemas estruturais; não comporta as polícias Civil e Militar e não funciona para o atendimento da população.
Ricardo Nazário destacou que a FESP é um braço do povo alagoano para acolher quem precisar. “Hoje estamos vivenciando um colapso que pode se transformar em barbárie”, alertou.
O presidente do Sinsdal, Clayberson Ferraz, enfatizou que os recursos financeiros da Segurança Pública voltam por falta de projetos. Ele criticou as propagandas do governo, informando que a realidade da segurança pública é outra. Disse também que o Detran está 17 anos sem concurso público, necessitando de pessoal concursado, plano de carreira e melhoria das condições de trabalho. Da mesma forma, cobrou o vice-presidente do Sindapen, Petrônio Lima.
Flávio Moreno, que é policial federal, ressaltou a necessidade de representante da área no Senado, e defendeu os direitos dos policiais, como a criação da carreira nacional. “Precisamos de mais presídios, unidade de internação de infratores, valorização do policial, a aprovação da PEC da Polícia Penal, da carreira única, de reestruturação das polícias, da garantia das condições mínimas de trabalho. Tratar a segurança pública como prioridade nacional”, defendeu.
O Bate Papo foi transmitido ao vivo pelo Canal do Sindpol Alagoas, no Youtube. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=CzZ-Y6VapkI
