Por Imprensa (quarta-feira, 27/02/2013)
Atualizado em 27 de fevereiro de 2013
Em coletiva realizada no Palácio República dos Palmares nesta quarta-feira (27), a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, anunciou que as carceragens em delegacias de Alagoas serão extintas a partir de julho.
A medida, segundo ela, será possível devido à inauguração do presídio de Craíbas, no Agreste do estado, que está prevista para o mesmo mês. De acordo com a secretária, o objetivo é facilitar o trabalho dos delegados, que poderão dar mais atenção aos inquéritos. “A partir de julho, não haverá mais carceragens nas delegacias em Alagoas. Com isso, os delegados ficarão responsáveis apenas pelas investigações”, ressaltou Regina Miki.
Atualmente, segundo dados apresentados na coletiva, Alagoas conta com 400 presos em carceragens. Deste total, 100 estão na Casa de Custódia, em Maceió, e 300 estão nas delegacias do interior. O Sindicato dos Policiais vem denunciando o sucateamento das delegacias e as péssimas condições de custódia desses presos, que em alguns casos ficam algemados a grades e móveis na falta de celas nos prédios.
Os números de presos em carceragens de delegacias, conforme balanço dos primeiros oitos meses de ação do Plano Brasil Mais Seguro, se devem ao aumento de prisões desde que o estado foi escolhido como experiência piloto do programa de segurança pública nacional. Ela também creditou o aumento de prisões a ações que não estavam previstas nas atribuições do governo na matriz de responsablilidades do programa, a exemplo do videomonitoramento, da radiocomunicação e do helicóptero adquirido pela Secretaria de Defesa Social (Seds) para policiamento. “A partir da implantação do Brasil Mais Seguro, tivemos em Alagoas 700 prisões a mais. Isso porque, entre outras coisas, foi melhorada a qualidade das provas, dos inquéritos”, observou Regina Miki. “E nosso primeiro passo agora é zerar o número de presos em delegacias”, afirmou. De acordo com Miki, o presídio de Craíbas ofertará 800 vagas.
Ela afirmou que um seminário com governo estadual e federal será realizado em Alagoas para avaliar os resultados trazidos pelo Brasil Mais Seguro e traçar as próximas metas para as polícias alagoanas. “O plano não é uma intervenção, é uma cooperação técnica com o Estado. Queremos sair de Alagoas deixando esse legado”, destacou.
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