Por Imprensa (segunda-feira, 1/03/2010)
Atualizado em 1 de março de 2010
A procuradora de Estado e integrante do Conselho Estadu¬al de segurança, Cláudia Amaral, rebateu ontem as acusações feitas pelo delegado-geral de Polícia Civil, Marcílio Barenco, após a decisão do Conselho de investigar a contratação de estagiários da Fits – onde Barenco é professor do curso de Direito – pela Polícia. A decisão foi tomada na segunda-feira pelo Conselho Estadual de Segurança. Com isso, o delegado responsabilizou a procuradora pela decisão alegando que ela era “parte interessada” no assunto por ser diretora da Seune e “ser filiada ao PT”. A denúncia de favorecimento foi feita com ex¬
Em nota, Cláudia Amaral disse que o delegado está total¬mente desinformado dos fatos e por isso procura desviar o foro do erro administrativo cometido por sua gestão fazendo acu¬sações infundadas e inverídicas. ”A impressão que tive é que havia uma ira embutida naquelas palavras, além de uma imensa desinformação sobre minha vida, o que não pensei que era a tônica principal do debate”, afirmou.
A procuradora explicou que tem assento no Conselho Estadual de Segurança porque foi escolhida pelo Conselho da Advocacia Geral do Estado e que, naquele colegiado, representa a Procuradoria Geral do Estado. ”Nesta condição, tenho legitimidade para expor questionamentos acerca de temas que violem qualquer princípio constitucional, em, em especial, a área de segurança pública”, analisou.
O convênio para contratação de estagiários era exclusivo aos estudantes, rebateu aos ataques de aos estudantes da Fits, o que prejudicava o princípio da isonomia. “Em obediência ao princípio de isonomia, ele [Barenco] tem o dever de prestar esclarecimentos a população, porque estamos tratando do público, de serviço público e não de sentimentalidades”, alfinetou. Em tempo: o delegado-geral é professor da Fits.
“Os alunos de qualquer faculdade de Direito do nosso Estado tem direito ao estágio em órgão público e este, democraticamente, deve ser aberto a todos, é só isso, e foi este o debate aberto no Conselho de Segurança, que por todos os conselheiros foi referendado, o que demonstra que esta preocupação é do coletivo e não pessoal”, rebateu aos ataques de Barenco.
Claudia Amaral ainda relembrou que o debate feito no Conselho não é político, mas simplesmente legal, por isso mesmo, ela disse não entender a referência incorreta feita por Barenco ao relacioná-la ao PT, por este ser um partido de oposição ao governo estadual. A procuradora lembrou ao delegado que está desligada do Partido dos Trabalhadores desde novembro de 2004.
Alexandre H. Uno Repórter – O Jornal