Por Imprensa (sábado, 30/04/2011)
Atualizado em 30 de abril de 2011
Se a polícia tem como uma das reivindicações melhor condição de trabalho, o Governo parece ignorar e fornecer elementos que auxiliam a paralisação da categoria. Um corte de combustíveis anunciado reduziu em até 89% o fornecimento para alguns batalhões da Polícia Militar, o que deixa dezenas de viaturas impossibilitadas de irem às ruas.
Informações concedidas à Gazetaweb por oficiais de diversos batalhões da capital e do interior, que não querem se identificar por receio de punições, asseguram que há unidades que recebiam mensalmente 11 mil litros de combustível para manter a frota em uma região, e tiveram a redução para apenas 3 mil litros.
“Essa quantidade de combustível gastamos em uma semana. Não tem como manter o pessoal na rua com menos de um terço. Espero que o processo seja agilizado o mais rápido possível e tenhamos condições de trabalho”, disse um comandante.
Segundo o coronel Mário Sérgio, diretor da Agência de Modernização de Gestão e Processos (Angesp), do Governo do Estado, responsável pelo abastecimento de todas as viaturas e ambulâncias, além da manutenção do gerador do Hospital de Urgência e Emergência (HUE), houve um corte padronizado.
“O corte foi padronizado e linear para ajuste de despesas com combustíveis. Mas, o problema também é que houve aumento da frota e a pessoa que fez a aquisição esqueceu de aumentar a cota. Detectamos o fato, fomos ver a diferença e sentimos as dificuldades. Esperamos que na próxima semana tudo possa ser ajustado”, enfatiza o coronel.
Com esse problema, o reforço policial anunciado pelo Governo, por exemplo, deixa de existir, pelo menos no momento. Já que com a redução considerável de combustível, as viaturas ficam paradas nas unidades militares.
Gazetaweb – Dulce Melo