Por Imprensa (quarta-feira, 16/01/2013)
Atualizado em 16 de janeiro de 2013
A Defesa Civil Estadual já concluiu o primeiro relatório que trata das inspeções realizadas nas residências e pontos comerciais atingidos por conta da explosão ocorrida na Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic). O documento concluiu que 121 edificações foram atingidas pelo desastre e recomendou a interdição, por tempo indeterminado, de três delas. O documento foi entregue ao Serviço de Engenharia de Alagoas (Serveal). Ainda não se sabe quando as indenizações começarão a ser pagas às vítimas.
O primeiro laudo foi elaborado com base nas visitas realizadas entre o dia 20 de dezembro – data da explosão – até a última sexta-feira, dia 11. Ele foi encaminhado à Secretaria de Estado da Defesa Social, à Secretaria de Estado da Infraestrutura, ao Corpo de Bombeiros Milita, à Secretaria de Estado da Saúde e, por fim, ao Serveal.
Nele, a Defesa Civil informa que o acidente teve início com pequenas explosões de produtos perigosos e que vieram a resultar numa grande explosão. “A liberação de energia proveniente da explosão causou danos no prédio da DEIC e em outros no seu entorno, envolvendo vários quarteirões e resultado, preliminarmente, em avarias em 121 edificações”, diz o relatório.
E o documento faz o alerta de que esse quantitativo pode aumentar. É por isso que um segundo laudo está sendo finalizado. Ele fará referências às novas visitas realizadas pelos técnicos desde a última segunda-feira (14). “Salientamos que esse número está aumentando à medida que a Defesa Civil recebe informações de moradores”, diz outro trecho.
O relatório também aponta para três desalojamentos, haja vista que duas residências e uma empresa foram interditadas e não podem ter pessoas em seu interior. “A exceção é para os técnicos e engenheiros e, ainda assim, munidos de todos os equipamentos de proteção individual. Estamos falando de prédios que estão com risco eminente e não podemos descuidar da segurança dos cidadãos”, alertou Marcos Paulo Barbosa, coordenador do setor operacional da Defesa Civil.
As vítimas
Os prejuízos humanos, segundo a Avaliação Preliminar de Danos, concentraram-se no óbito de uma policial civil que se encontrava no prédio da DEIC, onde oito pessoas acabaram feridas – quatro deles estavam no prédio e a outra metade passava pela rua no momento do desastre.
O laudo também faz referência a outros tipos de danos. “Informações colhidas no local dão conta de que a sobrepressão não causou danos às redes de gás, esgoto e água. No momento do acidente, houve falta de energia elétrica e lançamento de pedras, barro e areia a partir do epicentro da explosão, surgindo uma espessa nuvem de poeira. Esta rápida e violenta liberação de energia gerou deslocamento do ar (sobrepressão) e suas principais consequências foram: destruição quase que completa dos estabelecimentos vizinhos, colapso parcial de paredes e telhados de algumas casas, e quebra de vidros com danos a esquadrias”, diz parte do relatório.
O Servel recebeu o documento e, até a próxima sexta-feira (18), terá em mãos o segundo laudo, que será complementar. Ele é vinculado à Secretaria de Estado da Infraestrutura, que, juntamente com a Defesa Civil, está recebendo os requerimentos para as devidas indenizações às vítimas. Ainda não há data para o ressarcimento para quem já teve despesas relacionadas a obras emergenciais, tampouco para aquelas pessoas que, por falta de condições financeiras, permanecem com seus imóveis com problemas estruturais.
Gazetaweb – Janaina Ribeiro