Por Imprensa (sexta-feira, 2/03/2018)
Atualizado em 4 de março de 2018
O VI Congresso Estadual dos Policiais Civis promoveu importantes debates sobre a Atividade Policial e Inteligência após a solenidade de abertura, que ocorreu na noite quinta-feira (01), no Hotel Enseada.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destacou a importância do Congresso Estadual após três meses de realização dos pré-congressos em todas as regionais de Alagoas, elegendo delegados e colhendo as propostas da categoria. “Chegamos ao grande momento, que é o Congresso, composto por delegados eleitos em suas regionais. Os delegados vão deliberar e defender as propostas aprovadas pelos grupos das regionais”.
Ricardo Nazário revelou que a realização do Congresso é uma concretização do plano de proposta da atual gestão do Sindpol. “Entendemos que em assembleia, vários colegas ficam inibidos para expressar suas ideias, mas o Congresso tem essa formatação diferente de uma assembleia. O policial transfere tranquilamente suas ideias de forma natural”, disse, destacando que na solenidade de abertura, houve a preocupação com o norte do Congresso que é a inteligência da Polícia Judiciária, de combater a criminalidade, de fazer com que a população tenha a sensação de que o Estado está presente.
O diretor de Comunicação do Sindpol, Edeilto Gomes, informa que “o Congresso tem papel fundamental para dar oportunidade aos companheiros da base em nortear a gestão política do sindicato, garantindo a representatividade da entidade aos policiais civis de Alagoas frente aos ataques dos governos estadual e federal. A participação dos delegados está sendo proveitosa e esperamos alcançar êxito ao levar as propostas aprovados para apreciação do governo”, disse.
A abertura contou com as palestras do policial civil e instrutor José da Silva Júnior sobre “Inteligência Policial” e do advogado Criminalístico Welton Roberto sobre a Atividade Policial.
Na palestra, o advogado Welton Roberto destacou que é difícil defender os policiais civis, informando que a Justiça pensa que o policial é preparado, como se fosse um policial do FBI. Citou os problemas com o desvio de função na Polícia Civil, a exemplo de o policial fazer serviço preventivo na rua, que não é função de investigação. “É preciso pensar no policial civil e na segurança pública. Tem que compreender o crime organizado. Não dá para combater com brutalidade. Não ter estratégia nenhuma”, disse.
O advogado revelou que o Ministério Público só escolhe os crimes de repercussão. Questionou o porquê de os crimes de repercussão terem delegados especiais. Destacou que os crimes de homicídios se prescrevem em 20 anos.
O policial civil e instrutor José da Silva Júnior iniciou a palestra Inteligência Policial que teve continuidade no segundo dia. Em sua fala, o policial afirmou que a atividade de Inteligência de Segurança Pública (ISP) é o exercício permanente e sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança Pública. “Basicamente orientadas para produção e salvaguarda de conhecimentos necessários para subsidiar os tomadores de decisão”. Destacou também que há um pensamento errado quanto à inteligência, que, para muitos, é tido como trabalho de escuta. Revelou a importância do conhecimento para o planejamento e execução de uma política de Segurança Pública e das ações para prever, prevenir, neutralizar e reprimir atos criminosos de qualquer natureza.
A palestra do diretor da Cobrapol Jorge Henrique dos Santos sobre “Direitos dos Policias Brasileiros” ocorreu no segundo dia do Congresso juntamente com a do Procurador do Trabalho Cássio de Araújo Silva sobre “A Importância das Centrais Sindicais”.
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