Por Imprensa (quinta-feira, 27/12/2012)
Atualizado em 27 de dezembro de 2012
Na noite da quarta-feira (26), foi realizada a Missa de Sétimo Dia da sindicalista e agente da Polícia Civil, Maria Amélia Dantas, morta no dia 20, devido a explosão no prédio da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). Familiares, amigos e colegas de trabalho estiveram presentes na solenidade religiosa, que aconteceu na Igreja de Santa Rita, no bairro do Farol.
A missa foi marcada pela tristeza e comoção dos presentes. Os filhos de Maria Amélia, Mayara Kelly, 22, e Alexandre Henrique, 18, estavam inconsoláveis. Durante toda a cerimônia, os presentes prestaram homenagens à agente policial, foram cantados louvores de consolo e Mayara, a filha mais velha, leu preces em reverência à mãe.
Henrique Dantas, ex-marido da policial a descreveu como uma trabalhadora exemplar, uma mãe carinhosa, dedicada e presente. Maria Amélia era sindicalista e lutava por melhorias na categoria e mais apoio de agências governamentais.
Até o presente momento o governo do Estado não se manifestou, nem demonstrou apoio algum à família da agente policial. “A família está fragilizada com a morte, foi um acontecimento inesperado e cruel. Esperamos que essa fatalidade sirva de exemplo às autoridades para que isto não se repita. Hoje foi Maria Amélia, amanhã pode ser um parente seu”, diz Henrique.
Revolta
Foi com indignação e revolta que o namorado da agente, Karlos Roberto de Oliveira, se referiu à tragédia. Segundo ele, Maria Amélia era uma servidora pública modelo e cabe às autoridades governamentais a responsabilidade pelo ocorrido: “o governo e a Secretaria de Segurança são assassinos. Os armamentos estavam armazenados de maneira precária, já houve outra explosão há cinco anos, mas nada foi alterado. Era para este material estar no Exército ou, no mínimo, longe dos cidadãos comuns. Colocou em risco não só os policiais, mas também a população em volta”, desabafou.
Parentes querem que sejam dados os devidos esclarecimentos a respeito das condições de manutenção dos armamentos do paiol e da morte da policial, que permanece sem explicação satisfatória. “Não queremos que este crime fique impune”, diz Karlos Roberto.
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