Por Imprensa (terça-feira, 9/03/2010)
Atualizado em 9 de março de 2010
Finalmente, o chefe da Polícia Civil de Alagoas, delegado Marcílio Barenco, desceu do pedestal e reconheceu que os números da violência são alarmantes. Ressalta, no entanto, que o governador Teotônio Vilela se preocupa com tal situação. Mas, Senhor Barenco, ele tem mais é que se preocupar com o alto índice de violência.
Agora que o nobre delegado Marcílio Barenco saiu por alguns segundos de seu luxuoso gabinete, instalado lá em Jacarecica, e pôde respirar o ar poluído pelo sangue derramado pelas vítimas da criminalidade, resta-lhe então falar menos e agir mais no combate à gritante, onda de homicídios que coloca Alagoas como um dos estados mais violentos da nação.
Senhor. Barenco, não perca tempo em mandar cortar ponto de policiais. Não vale a pena discutir com diretores do Sindipol. Não vale a pena ameaçar os servidores da Polícia Civil, conforme a própria direção da entidade tem denunciado insistentemente à imprensa e ao Ministério Público Estadual. Em vez de agir assim, planeje e execute operações contra o crime organizado. Mostre e prove que isto é possível.
E como o senhor acaba de reconhecer que a criminalidade é alarmante, una as polícias para fazer cumprir seu papel constitucional. Esqueça a violência em Bogotá. Afinal de contas, o senhor é delegado no Brasil e trabalha na capital alagoana, onde as pessoas vivem aflitas porque a polícia da qual o senhor faz parte, não reage.
Senhor Barenco, seja humilde e comande pessoalmente as operações policiais. Coloque de lado a vaidade, levando em conta que o senhor é também funcionário público do Estado, é pago para combater veementemente a triste violência que assola Alagoas.
Agora, se a chefia geral de polícia não tem competência para fazer cumprir seu papel, entregue o cargo para que outro delegado possa abrir caminhos e mostrar que Alagoas, terra de pessoas de bem, não pode continuar sendo subestimada, humilhada, ameaçada e executadas pelos pistoleiros a serviço de manjados políticos e coronéis sem patente.
Os alagoanos acreditam que é possível mudar esta realidade.
Fonte: Extra Alagoas – RÓDIO NOGUEIRA