Por Imprensa (sábado, 22/12/2012)
Atualizado em 22 de dezembro de 2012
Em meio às vistorias realizadas nas residências próximas à sede da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), que também foram atingidas pela explosão ocorrida nessa quinta-feira, 20, a Defesa Civil está orientando moradores e comerciantes a deixar os imóveis que estão sob riscos de desabamento.
Além da matar uma policial e deixar outros quatro agentes feridos após detonação do artefato, várias casas e estabelecimentos comerciais ficaram parcialmente destruídos. “Algumas casas estão em ordem, mas muitas estão com rachaduras que mostram riscos iminentes. Estamos orientando às famílias que deixem esses imóveis, para que sejam isolados até que não haja mais riscos”, informou o coordenador de gerenciamento de engenharia da Defesa Civil, coronel Paulo Noronha.
Funcionários da escola de informática Microlins, situada ao lado da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), relatam que a explosão ocorrida nesta quinta-feira (20), destruiu completamente a instituição de ensino, que estava em aula quando ocorreu o sinistro. Os professores criticam o armazenamento das armas e lamentam: “só sobrou a fachada da escola”.
Segundo o professor de informática, Rodrigo Nepomuceno, as aulas aconteciam normalmente quando todos ouviram a explosão e correram para o lado de fora da escola. “Nunca imaginaríamos que, lá dentro, havia um local onde guardavam explosivos”, comentou. O professor da Microlins relatou ter entrado no veículo e tomado mais um susto: a explosão fez com que a tampa do porta-malas entrasse no veículo.
Também nesta manhã, os comerciantes já começam a contabilizar os prejuízos decorrentes da tragédia. Lojas, livrarias, escritórios, salões e padarias, não só localizados na Avenida Moreira e Silva, como nas imediações, foram prejudicados. Além dos escritórios, o Centro Universitário Cesmac também foi atingido pelos destroços.
A assistente financeira Glaucia Ricarda, funcionária de um escritório situado na Rua Cônego Machado – e que enviou o vídeo para a imprensa -, informou que o vigilante da empresa foi atingido por estilhaços, e terminou hospitalizado recebendo seis pontos. “Espero que sejamos mesmo ressarcidos, porque não sabemos como vamos fazer agora”, contou o dono de uma livraria situada na Cônego Machado, cujos vidros da porta de entrada foram ao chão.
Na manhã desta quinta, o secretário estadual de Defesa Social, Dário César, afirmou que funcionário do Serviço de Engenharia do Estado de Alagoas (Serveal) e da Defesa Civil devem realizar um inventário das destruições nos casas e estabelecimentos e que o Governo do Estado vai arcar com os prejuízos.
Gazetaweb – Jobison Barros e Wanessa Oliveira