Por Imprensa (sexta-feira, 26/07/2013)
Atualizado em 26 de julho de 2013
Os policiais civis voltaram a realizar vigília, em frente à Secretaria de Gestão Pública (Segesp), nesta sexta-feira, para forçar a negociação do Plano de Carreira, Cargos e Subsídios (PCCS).
As chuvas não foram empecilhos para categoria que marcou presença significativa no ato público.
A diretoria do Sindpol foi recebida pela assessora de Relações Sindicais, Raphaela Soares Barbosa Novaes, que apresentou o impacto financeiro da proposta de realinhamento da carreira, defendido pelo sindicato. Na proposta, os policiais civis da Classe A seriam enquadrados na Classe E, Nível 1; os da Classe B, enquadrados na Classe F, Nível 2; os da Classe C, enquadrados na Classe G, Nível 3; e os da Classe D, enquadrados na Classe H, Nível 4. A técnica do governo disse que esse enquadramento daria um impacto de 5 milhões e 392 mil reais ao mês. Segundo ela, o valor corresponde a metade do percentual de 5,87% do reajuste geral aos servidores públicos neste ano, sendo inviável para negociação com o Governo. Ela propôs, como alternativa, excluir a Classe H no Plano para fazer o novo impacto financeiro.
Raphaela Soares também queria fazer impacto financeiro com a mudança de uma classe para outra no percentual de 10%, ao invés de 15%. Essa proposta foi recusada pelo Sindpol que não abre mão dos direitos da categoria. A técnica do Governo também irá fazer o impacto financeiro por tempo de serviço e pediu que a reunião fosse agendada para o dia 8 de agosto, às 9 horas, na Segesp. O Sindpol aceitou, mas exigiu a presença do secretário de Gestão Pública, Alexandre Lages, nesse dia.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, destacou a importância do Governo do Estado em resolver a questão do PCCS. O sindicalista ressaltou que a categoria tem trabalhado mais porque não houve greve. Ele pediu que o secretário Alexandre Lages intermediasse uma reunião com o governador Téo Vilela.
Após a negociação, o diretoria do Sindpol repassou as informações aos policiais presentes na vigília. O sindicato também parabenizou a categoria e pediu que, na próxima manifestação já marcada para o dia 8 de agosto, que comparecesse, no mínimo, o dobro do número que estava presente na Segesp. “Só iremos conseguir esse PCCS se todos os policiais estiverem presente e fizerem pressão”, lembrou.
Ato público
Na manifestação, o diretor Financeiro do Sindpol, Antonio Zacarias, destacou que já faz sete anos que a categoria luta pelo PCCS. O sindicalista também criticou o repasse de 6 milhões à Secretaria de Comunicação em detrimento ao custeio da Polícia Civil que é de R$ 2 milhões.
O escrivão José Carlos Fernandes Neto, o Zé Carlos, também criticou a informação do governo do Estado de que o gasto com o pessoal estava acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele apontou como alternativo ao governo a redução dos cargos de comissionados e dos repasses do duodécimo à Assembleia Legislativa.
O Delegado Sindical Carlos Jorge da Rocha acrescentou que o Governo do Estado estava colocando as despesas com os servidores inativos na Folha de Pagamento. “Os aposentados já contribuíram financeiramente com a Previdência. Não estamos dando despesa ao Estado. Ele precisa retirar os inativos como despesa de pessoal”, esclareceu.