Por Imprensa (quarta-feira, 14/09/2016)
Atualizado em 14 de setembro de 2016
O Sindpol participou de uma reunião de negociação com o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Christian Teixeira, o secretário de Segurança Pública, Lima Junior, e o Delegado Geral, Paulo Cerqueira, na manhã desta quarta-feira (14) na sede da Seplag. O secretário apresentou uma proposta de piso salarial em três parcelas. A primeira parcela de R$ 3.300,00 neste ano, a segunda parcela de R$ 3.400,00 em 2017 e a terceira parcela de R$ 3.522,00 para 2018.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, ressaltou que o governo Renan Filho não concedeu nada aos policiais civis, apenas vem pagando direitos como as progressões e o retroativo. “A categoria inicialmente reivindicou 60% da remuneração dos delegados, e depois propôs piso de R$ 5.500,00. Essa proposta não atende as expectativas dos policiais civis. O governo já concedeu aumento salarial maior para outras categorias”, disse.
O sindicalista ressaltou que o governo tem condições econômicas, citando a reforma fiscal que aumentou impostos, a reforma da Previdência, a aprovação das Organizações Sociais, a renegociação da dívida pública, a venda do Produban e da Ceal, a arrecadação do ICMS que cresceu.
O Conselheiro Fiscal do Sindpol Jânio Vieira destacou que ficou decepcionado com a proposta. E lembrou que o governo não reconhece o risco de vida da profissão de policial civil. “Trabalhamos nas delegacias com preso, sem condições estruturais e insalubre, sem armamento adequado, combatendo a violência, e é isso que o governo apresenta”, questionou.
O diretor Jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, disse que é lamentável a proposta para a categoria que busca a valorização. “Fica muito difícil. É essa a valorização da categoria que o governo concede. Os policiais civis buscam uma proposta de valorização”, revelou.
O vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes, ressaltou que tem 28 anos de polícia e moro em frente a uma ‘boca de fumo’. “Não posso dar um conforto e segurança a minha família com o salário que recebo”.
O Delegado Geral, Paulo Cerqueira, disse que a proposta está aquém e precisa ser melhorada. “Já passamos por greve e enfrentamentos, e não queremos mais isso. É preciso criar alternativas para resolver isso”, defendeu.
O secretário de Segurança, Lima Júnior, também reconheceu o pleito da categoria. “A polícia civil é muito importante para a segurança pública. Temos que fazer um esforço conjunto. Peço esse esforço. Não podemos perder a Polícia Civil nesse momento”, alertou.
Assembleia geral
Após a reunião, o presidente do Sindpol, Josimar Melo, passou os informes aos policiais civis que estavam na vigília, em frente à Seplag, e convocou a categoria para assembleia geral, nesta quinta-feira (15), às 13 horas, no Auditório do Sindicato dos Bancários. Na assembleia, a categoria irá avaliar a proposta do governo e definir o rumo da mobilização.