Por Imprensa (terça-feira, 11/03/2014)
Atualizado em 11 de março de 2014
Servidores, que cobram Plano de Cargos e melhores condições de trabalho, seguem com Operação Padrão, que já dura mais de um mês
Mesmo sob a pressão de algumas categorias que já se mobilizam para um indicativo de greve, como os policiais civis e os servidores da Educação, o governo do Estado é categórico em relação a qualquer tipo de reajuste salarial que esteja fora da reposição da inflação. O ganho real pleiteado por sindicatos e associações de classe na data-base deste ano está praticamente fora de cogitação, segundo a Secretaria de Gestão Pública (Segesp).
O secretário Alexandre Lages é incisivo e avisa que 2014 é um ano de fechamento de contas e que não será agora que o governo vai cometer uma “irresponsabilidade” concedendo reajuste salarial sem dinheiro em caixa para bancá-lo. “Em todas as reuniões da mesa de negociação com as categorias, sempre colocamos a questão do equilíbrio fiscal e financeiro. E, neste ano, as coisas estão ainda mais difíceis – contra números, não há argumentos. Basta ir lá no Portal da Transparência e ver que a situação é complicada. Temos um cobertor do Nelson Ned para cobrir o jogador de basquete Oscar”, compara Lages.
A notícia bem antecipada ao calendário de negociações não agradou aos sindicatos, que rechaçam totalmente os argumentos do governo. A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Amélia Fernandes, afirma que esse discurso de impossibilidade é o mesmo de todos os anos e que a mobilização das entidades e a pressão pelo atendimento dos pleitos vão seguir independente de qualquer conta que o governo use como defesa para não conceder aumento salarial.
“Eles sempre dizem que é impossível dar ganho real. Vamos discutir e deliberar o percentual em plenária na quarta-feira [amanhã] e dar seguimento à pauta. Enquanto isso, estamos esperando que o governo marque a audiência que solicitamos para falar sobre o assunto”, observa.
Gazeta de Alagoas – Milena Andrade